IPO da Shein? Entenda o impacto para o império da varejista chinesa
A Shein registrou-se junto aos reguladores para uma oferta pública inicial (IPO) em Nova York, disseram fontes familiarizadas com o assunto à Reuters.
Segundo informações da agência de notícias, a Shein submeteu confidencialmente seu registro de IPO à Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA).
As fontes ouvidas pediram anonimato. A expectativa é de que a estreia no mercado de ações ocorra ainda neste 2023.
Na avaliação do fundador da Gava Investimentos, Ricardo Brasil, a possibilidade da companhia de se tornar de capital aberto tem pontos positivo, caso se trate de uma listagem primária, situação em que a varejista iria angariar capital para investir em seu crescimento.
Supondo se tratar de um IPO primário, Brasil destaca que a Shein terá potencial para se expandir ainda mais, com capacidade de criar novos centros de distribuição.
Ainda neste sentido, a Shein conseguiria ter um melhor sistema logístico que permita a execução de algo que já está sendo pensado para o Brasil: a produção local.
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Impacto do IPO da Shein
Com o IPO, o império da Shein teria maior capital para pensar em investimentos focados em expansão global, avalia Brasil. Ela estaria apta a enfrentar barreiras logísticas e até mesmo redução de impostos, aponta.
Segundo informações da Reuters, a Shein vem considerando um IPO nos EUA há pelo menos três anos, mas foi desencorajada por obstáculos que incluíram o escrutínio pelas autoridades norte-americanas das práticas contábeis chinesas e períodos de volatilidade de mercado causada pela pandemia de Covid-19 e guerra na Ucrânia.
No Brasil
Após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ameaçar acabar com a isenção de compras de produtos importados por pessoas físicas no valor de até US$ 50, a Shein anunciou uma série de medidas voltadas para o mercado brasileiro.
Com isso, a varejista anunciou investimentos de R$ 750 milhões no Brasil, além de nacionalização de 85% de sua operação. Ainda, assumiu o compromisso com Haddad de criar 100 mil empregos locais nos próximos quatro anos.
O foco no mercado brasileiro levou à inauguração de seu primeiro escritório no Brasil, localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo.
Ainda, na última quinta-feira (29), a varejista firmou parceria com o governo brasileiro para abrir 2 mil fábricas, gerar 100 mil empregos e investir US$ 150 milhões (cerca de R$ 750 milhões) no país. O ponto de partida será o Rio Grande do Norte, em parceria com a fábrica da Coteminas em Macaíba, Natal.
* Com informações da Reuters