IPO da Multilaser poderá ter impacto positivo, avalia Guide Investimentos
A fabricante de eletroeletrônicos Multilaser protocolou na última quinta-feira (24) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o prospecto preliminar de sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Em relatório, a Guide Investimentos avalia que a perspectiva é “marginalmente positiva” para a estreia da companhia no mercado de ações.
“Embora, no curto prazo, os ativos de riscos possam ter maior volatilidade, seguimos com uma perspectiva otimista (no médio/longo prazo) para os ativos de renda variável”, destaca o documento.
“Essa janela do 1º semestre de 2018 permanece positiva para novas ofertas, o que leva empresas a levantarem recursos o mais rápido possível. NotreDame, Hapvida e Banco Inter participaram desse ciclo de ofertas ainda positivo no passado recente. Ainda vemos outras empresas com alto potencial de realizar uma oferta pública.”
“A estrutura de capital das empresas ainda estão com um passivo elevado, o que também pode aumentar a procura por ofertas subsequentes (follow-on) para equilibrar a relação de alavancagem financeira. Esse aumento nos volumes de capital na bolsa deve beneficiar os números da B3″, conclui.
A Multilaser, criada como recicladora de cartuchos de impressora, fabrica hoje mais de 3 mil produtos, entre celulares, tablets e computadores. A companhia pretende chegar à bolsa com um valor de mercado acima de R$ 4 bilhões, segundo reportagem do jornal Valor Econômico.
Em 2017, a empresa teve receita líquida de R$ 1,54 bilhão, com lucro líquido de R$ 221 milhões e margem líquida de 14,4%. Conforme o prospecto, no período entre 2015 e 2017 o crescimento anual composto da receita líquida foi de 35,4% e do Ebtida, de 43,1%. No primeiro trimestre de 2018, a receita foi de R$ 389,43 milhões, alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado. A margem Ebitda, no entanto, foi menor – de 17,5%, ante 20,6% no ano passado. O patrimônio líquido consolidado da companhia é de R$ 815,18 milhões.
A companhia continua em negociação paralela com investidores para venda de participação direta, mas resolveu acelerar o processo de IPO para não perder a janela de mercado de capitais até julho. A oferta, que será primária e secundária, é coordenada pelos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan, Safra, BTG Pactual, Credit Suisse e Citi.