Ipiranga virou uma pedra no sapato da Ultrapar?
A Ipiranga virou uma pedra no sapato da Ultrapar (UGPA3)? Esse é a visão dos analistas do BTG Pactual e BB Investimentos, após a empresa divulgar seu balanço financeiro do 1º trimestre.
A Ultrapar obteve um lucro líquido de R$ 137 milhões no primeiros três meses do ano, enquanto sua receita líquida atingiu R$ 24 bilhões. O Ebitda, valor de geração de caixa da empresa, ficou R$ 904,8 milhões.
A Ipiranga entregou um Ebitda de R$ 563 milhões, com uma margem IFRS16 de R$ 105/m³ que ficou em linha com as expectativas do BTG, embora abaixo de seus pares.
“A qualidade da margem pode ser questionável, pois acreditamos que a Ipiranga provavelmente se beneficiou de ganhos de estoque relevantes após importar grandes quantidades de diesel no 4º trimestre de 2020 a preços mais baixos e em um momento em que a janela de importação diminuiu significativamente para players menores”, avaliou o banco.
O volume total de vendas da Ipiranga apresentou uma queda de 2% a/a, puxada pela pior performance do ciclo otto e atenuada pelo diesel.
De acordo com o BB, não há motivos para acreditar em uma recuperação mais consistente no curto prazo. Ainda assim, a companhia apresentou uma receita forte, devido aos maiores preços de comercialização, com melhor na margem bruta.
Por outro lado, a Ativa tem uma visão mais positiva para o futuro da Ipiranga. “Ainda que os volumes tenham apresentado queda tanto na comparação trimestral como anual, o Ebitda de R$ 105 milhões renova as esperanças quanto a uma melhora na rentabilidade da principal operacão da companhia”, afirmou a corretora.
De acordo com eles, mesmo que a alavancagem do conglomerado tenha evoluído e que a dinâmica de custos, despesas e sobretudo, dos volumes transacionados em Ipiranga ainda demandem atenção, é esperado um retorno postivo dos resultados.
Sendo assim, apesar das opiniões mistas, o BTG, o BB e a Ativa tem recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo R$ 24 e R$ 22 e R$ 22,5, respectivamente.
Veja o balanço completo: