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Ipiranga, Shell ou BR Distribuidora: que ação compensa comprar agora?

15 abr 2020, 16:49 - atualizado em 15 abr 2020, 16:49
Ipiranga Ultrapar UGPA3
Destaque: Ipiranga, controlada pela Ultrapar, é a que deve apresentar menor queda no volume de vendas, segundo Santander (Divulgação: Facebook/Ipiranga)

Com menos veículos circulando pelas ruas, devido às medidas de isolamento social para conter o coronavírus, as redes de postos inevitavelmente sentirão o impacto.

A questão, segundo o Santander (SANB11), é determinar qual está mais preparada para enfrentar a crise – e, por isso, oferecer mais retorno aos investidores na Bolsa.

Em relatório assinado por Rodrigo Almeida, o Santander avaliou a situação da Ultrapar (UGPA3), dona da rede de postos Ipiranga; da Cosan (CSAN3), que possui uma parceria (a Raízen) com a Shell no Brasil; e da BR Distribuidora (BRDT3), da rede de postos BR.

Almeida dividiu a análise em três rankings: o impacto sobre o volume de vendas, o de alavancagem, e o de valuation.

Resistência

A rede Ipiranga seria a mais resistente à queda no volume de vendas, com um recuo estimado, neste ano, de “apenas” 20%, seguida pela Raízen (-21%) e pela BR Distribuidora (-25%).

Apesar de liderar a queda nas vendas, a BR seria a mais resistente, em termos de endividamento. O banco projeta uma relação dívida líquida/ebitda de 1,9 vez no fim do ano, de 2,4 vezes para a Raízen e de 2,9 vezes para Ultrapar.

Valuation do Santander sobre redes de combustíveis

O terceiro ranking é do valuation. Para estabelecê-lo, o Santander comparou a relação VE/ebitda (valor da empresa sobre ebitda) médio dos últimos dois anos, com o múltiplo esperado para 2020.

Nessa comparação, a Ultrapar e a Cosan apresentaram um prêmio de 7%, cada, do múltiplo previsto para 2020, sobre a média do último biênio. Já a BR Distribuidora é negociada com prêmio de 24%.

Segundo Almeida, das três empresas, a Ultrapar é a mais atrativa, do ponto de vista de múltiplos. Já o elevado prêmio da BR seria decorrência da sua privatização, no segundo semestre de 2019. O fato “se traduziu em importantes melhorias de governança corporativa, operacionais e financeiras”.

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