iPhone no Brasil: Nova versão custa até R$ 15,5 mil; o que explica a disparada dos preços desde 2007?
A disparada dos preços do Iphone, celular da Apple, no Brasil desde 2007 é explicada por três fatores chave: o câmbio, o valor de semicondutores e os impostos, afirma a XP Investimentos.
Na última semana, quarta-feira (07), a Apple lançou os novos modelos do celular. Dessa vez, foram apresentados 4 versões: o 14, 14 Plus, 14 Pro e 14 Pro Max.
No Brasil, a versão será vendida a partir de R$ 7.599 — o segundo preço mais caro de todo o mundo, atrás apenas da Turquia, onde as novidades serão encontradas a partir de R$ 9.554.
O que explica a disparada dos preços do Iphone?
O anúncio de lançamento do primeiro Iphone, o 2G, foi feito em janeiro de 2007 sem venda oficial no Brasil, apenas a partir do modelo seguinte, o 3G, começou a ocorrer no país.
Com o lançamento de novas versões do smartphone, não só as tecnologias do celular foram subindo de patamar, como também o preço.
De acordo com Tatiana Nogueira e Alberto Silva, especialistas da XP, os custos que integram o aparelho são:
- mão de obra, que costuma ser terceirizadas a empresas asiáticas em decorrência do custo menor;
- semicondutores e outros componentes eletrônicos, além de insumos de sustentação;
- os impostos individuais de cada país; e
- a taxa de câmbio em relação ao dólar.
Câmbio
Desde 2007, o valor do real em relação ao dólar se deteriorou de forma significativa, com a cotação hoje oscilando entre R$ 5,00 e R$ 5,20 ante R$ 1,73 desde então.
“Quando se considera o fato do iPhone ser totalmente importado e os insumos serem cotados em dólar, o câmbio tem muita relevância” afirmam Nogueira e Silva.
Preço de semicondutores
Outra parte relevante dos custos está nos semicondutores, dos quais os avanços tecnológicos estão diretamente relacionados às inovações ocorridas nos últimos anos.
Os especialistas da XP explicam que o cenário de escassez do produto e aumento de seus preços no período recente podem ser explicados pelas políticas de lockdown, em 2020, para combate do coronavírus, que geraram crescente demanda, marcando a primeira pressão altista no lado dos consumidores.
No ano seguinte, houve o fechamento de fábricas no sul da Ásia pelos efeitos da variante delta da Covid-19. “Quando se considera o fato que a produção é muito intensiva em mão de obra, os efeitos da crise sanitária foram significativos”, completam.
Além disso, a alta concentração na produção, com apenas três firmas no mundo capazes de produzir os semicondutores mais sofisticados, põe mais pressão no cenário.
“O impacto para a Apple foi elevado: expansão de até 25% no gasto com matéria-prima. Analisando a série histórica, observamos que os preços vinham caindo consistentemente, mas a pandemia inverteu essa tendência e o nível de preços entre 2021 e 2022 alcançou o maior patamar em 5 anos”, afirmam.
Impostos
Por último, a carga tributária tem parte da culpa no preço do Iphone. Além de pagar o custo de produção já convertidos em reais, serão cobrados também diferentes impostos.
O IPI, imposto sobre produto industrializado, e o II, imposto sobre importação, são de competência federal e são 14,87%; o PIS/COFINS, de competência federal e destinado ao financiamento da seguridade social, é de 8,37%; ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – é estadual e varia entre cada um e cobra, em média, 17%.
Além disso, os especialistas da XP ressaltam que no cenário de importação, três aspectos são importantes: o IOF (de 0,38% a 6,38%); a taxa alfandegária (de 50% no valor do produto) e o imposto pago nos EUA (de 4% a 10,25%).
Preços do Iphone 14 no Brasil
O iPhone 14 tem as seguintes opções: 128 GB por R$ 7.599; 256 GB por R$ 8.599; e 512 GB por R$ 10.599. O iPhone 14 Plus custa R$ 8.599 na opção 128 GB; R$ 9.599 na de 256 GB; e R$ 11.599 na de 512 GB.
Já para a versão Pro, os preços são 128 GB por R$ 9.499; 256 GB por R$ 10.499; 512 GB por R$ 12.499; e 1 TB por R$ 14.499.
Na versão Pro Max são 128 GB por R$ 10.499; 256 GB por R$ 11.499; 512 GB por R$ 13.499; e 1 TB por R$ 15.499.
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