Agronegócio

Ipea vê alta de 3,2% no PIB do agro em 2021; revisa para baixo projeção de 2020

25 ago 2020, 16:51 - atualizado em 25 ago 2020, 16:51
Agricultura
O desempenho para o PIB agropecuário 2020 deve ser sustentado principalmente pela lavoura (Imagem: REUTERS / Ueslei Marcelino)

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário do Brasil deve crescer 3,2% em 2021, disse nesta terça-feira o Instituto de Pesquisa Econômica sido Aplicada (Ipea), embora a estimativa para 2020 tenha revisada de uma alta de 2% para 1,5%.

Segundo a entidade, o desempenho do ano que vem deve ser impulsionado por uma recuperação da pecuária, segmento para a previsão de crescimento de 5% no PIB em 2021, ante recuo de 2,8% em 2020.

“Para a pecuária, uma perspectiva é de recuperação em todos os segmentos bovinos, frango, suínos, leite e ovos, liderados pelo crescimento de 6,3% da carne bovina”, disse o Ipea em comunicado.

A performance da pecuária neste ano, de acordo com o Ipea, será prejudicada justamente por um recuo de 6,3% na produção de carne bovina, apesar do ganho de 5,2% projetado para o segmento de carne suína.

Em relação às lavouras, o instituto elevou a estimativa para crescimento do PIB em 2020 para 3,6%, contra 3% vistos anteriormente, destacando as produções de soja (+ 5,9%), arroz (+ 7,3%), trigo (+ 41,0%), cana-de-açúcar (+ 2,4%) e café (+ 18,2%).

“O desempenho para o PIB agropecuário 2020 deve ser sustentado principalmente pela lavoura”, afirmou a entidade.

Em 2021, o PIB da lavoura deve registrar avanço de 3,2%, acrescentou o Ipea, com impulso das produções de milho e soja.

Nesta terça-feira, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra de grãos 2020/21 do Brasil em um recorde de 278,7 milhões de toneladas, diante de uma safra igualmente recorde de soja (133,5 milhões de toneladas) e grande produção de milho.

O agronegócio foi um dos setores menos afetados pela pandemia de coronavírus, mantendo níveis firmes de produção e exportação, especialmente diante da grande demanda externa e da desvalorização do real frente ao dólar.