Economia

IPCA desacelera para 0,24% em outubro; acumulado segue acima da meta

10 nov 2023, 9:00 - atualizado em 10 nov 2023, 10:58
inflação ipca
IBGE divulgou o IPCA de outubro, que mede a inflação, nesta sexta-feira (10) (Imagem: Getty Images)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,24% em outubro — uma leve desaceleração em relação à alta de 0,26% apurada em setembro.

O número ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava avanço de 0,29% no mês.

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De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10), o IPCA acumula alta de 3,75% nos primeiros dez meses do ano. A inflação extrapolou a meta do Banco Central para 2023 — de 3,25%, com teto em 4,75%.

O indicador desacelerou a alta acumulada em 12 meses até outubro para +4,82%, de +5,19% no mês anterior.

Os grupos do IPCA

Oito dos nove grupos de produtos e serviços investigados pela pesquisa tiveram inflação. Dentre eles, os destaques foram transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que têm maior peso no índice.

Além do aumento das passagens aéreas, o grupo de transporte teve como destaque as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), único item dos combustíveis (-1,39%) que registrou inflação. No período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) caíram.

Já no grupo de alimentação e bebidas, que vem de quatro deflações consecutivas, a alimentação no domicílio subiu 0,27%. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços da batata-inglesa (11,23%), da cebola (8,46%), das frutas (3,06%), do arroz (2,99%) e das carnes (0,53%).

Por outro lado, os preços das carnes vinham em queda desde janeiro, e a deflação acumulada no período é de 11,08%. Outros itens básicos na mesa do brasileiro tiveram queda em outubro, como o leite longa vida (-5,48%) e o ovo de galinha (-2,85%).

A alimentação fora do domicílio (0,42%) ficou mais cara, com o aumento da refeição (0,48%) e do lanche (0,19%).

Entre os grupos pesquisados no IPCA, o único que registrou deflação foi o de comunicação (-0,19%), impulsionado pelas quedas nos preços dos aparelhos telefônicos e dos planos de telefonia fixa.

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