IPCA: inflação surpreende positivamente e sobe 0,41% em novembro; mercado previa +0,59%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,41% em novembro, desacelerando-se em relação à alta de 0,59% apurada em outubro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado do IPCA surpreendeu o mercado e veio abaixo da mediana projetada, de 0,59%.
Segundo o IBGE, o IPCA acumula alta de 5,13% nos primeiros onze meses do ano. Com isso, a inflação tem alta acumulada em 12 meses até novembro de +5,90.
O indicador permanecendo acima do teto da meta de inflação do Banco Central para 2022, de 3,5%.
Sobe e desce do IPCA
Na passagem de outubro para novembro, sete dos nove grupos pesquisados apresentaram alta. Os maiores impactos no índice do mês vieram de Transportes (0,83%; 0,17 ponto percentual) e Alimentação e bebidas (0,53%; 0,12 pp).
De acordo com o IBGE, juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.
No caso de Transportes, a alta deve-se principalmente ao aumento da inflação dos combustíveis (3,29%), que haviam recuado 1,27% em outubro.
Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%.
Já a maior variação veio de Vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo.
O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%) e ficou próximo da estabilidade, enquanto Habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%).
Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em Artigos de residência e a alta de 0,21% em Despesas pessoais. Comunicação caiu 0,14% no IPCA de novembro.