Economia

IPCA desacelera e sobe 0,21% em junho, mas rompe os 4% em 12 meses

10 jul 2024, 9:01 - atualizado em 10 jul 2024, 9:51
ipca inflação Junho
IBGE divulgou o IPCA de junho, que mede a inflação, nesta quarta-feira (10). (Imagem: Getty Images)

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, subiu 0,21% em junho — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,46% apurada em maio.

O resultado veio abaixo do consenso do mercado, que esperava um avanço de 0,32%, segundo o Relatório Focus.

O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi alimentação e bebidas, que apresentou alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%), e contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o índice de junho.

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (10), o IPCA avança 2,48% nos seis primeiros meses do ano. O indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses até junho para 4,23%, de 3,93% no mês anterior.

A inflação segue dentro da meta do Banco Central para 2024, de 3% com intervalo de 1,50 p.p. para cima ou para baixo.

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Os grupos do IPCA

Em alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%).

Entre as quedas, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%). Por outro lado, a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e o arroz (2,25%) lideraram a ponta altista. O café moído, com alta de 3,03%, também se destacou em junho.

No caso da alimentação fora do domicílio, a variação foi de 0,37%, menos intensa do que em maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram na comparação mensal, com o primeiro passando de 0,78% para 0,39%, e o segundo de 0,36% para 0,34%.

O grupo com maior variação, saúde e cuidados pessoais, teve alta de 0,54%, influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%, e pelos planos de saúde, de 0,37%.

Outra alta relevante no IPCA de junho foi no grupo habitação, cujos preços subiram 0,25%. A taxa de água e esgoto avançou 1,13%, o gás encanado caiu 0,49% e a energia elétrica residencial teve alta de 0,30%.

Os únicos grupos que apresentaram queda foram: comunicação, de 0,08%, e transportes, de 0,19%. A redução na passagem aérea, de 9,88%, foi destaque, enquanto os combustíveis tiveram alta de 0,54%, com o diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) recuando e a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) subindo.

*Com informações da Agência IBGE