IPCA: Inflação acumula alta de 4,65% e volta para dentro da meta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,71% em março, desacelerando-se em relação à alta de 0,84% apurada em fevereiro. O resultado veio abaixo da mediana projetada pelo mercado, de 0,77% e é o menor para o mês desde 2020.
De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula alta de 2,09% nos primeiros três meses do ano.
O indicador desacelerou a alta acumulada em 12 meses até março para +4,65%, de +5,60% no mês anterior. O resultado também ficou abaixo da mediana projetada pelo mercado, de +4,71%.
Trata-se da menor variação desde janeiro de 2021. Na época, o IPCA de 12 meses somava 4,56%.
Com esse resultado, a inflação ficou abaixo do teto da meta do Banco Central para 2023, de 4,75%. É a primeira vez que o acumulado volta para as bandas da meta desde fevereiro de 2021, quando o teto era de 5,25%.
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Grupos
Em março, oito dos nove grupos pesquisados no IPCA apresentaram alta. A exceção foi o segmento de artigos de residência (-0,27%), que pode ter sido influenciado pelos descontos oferecidos na Semana do Consumidor.
A inflação foi puxada principalmente pelo grupo de transportes, responsável pelo maior impacto (0,43 ponto percentual) e maior variação (2,11%).
O produto que mais pesou no bolso do consumidor foi a gasolina, que avançou 8,33%. Já o etanol subiu 3,20%.
Já o grupo Saúde e cuidados pessoais foi impactado principalmente pela alta de 1,20% dos planos de saúde.
Veja a inflação nos grupos pesquisados
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) |
Alimentação e bebidas | 0,05 | 0,01 |
Habitação | 0,57 | 0,09 |
Artigos de residência | -0,27 | -0,01 |
Vestuário | 0,31 | 0,01 |
Transportes | 2,11 | 0,43 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,82 | 0,11 |
Despesas pessoais | 0,38 | 0,04 |
Educação | 0,10 | 0,01 |
Comunicação | 0,50 | 0,02 |