IPCA: Gasolina deve pegar leve, mas ritmo ainda é de alta; veja o que deve pesar na inflação de outubro
A gasolina deve trazer alívio para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro, avaliam especialistas. No entanto, o cenário ainda é de alta para a inflação, sendo que o grupo de alimentação deve voltar a pesar.
O indicador será divulgado na sexta-feira (9).
A Andréa Angelo, estrategista da Warren Investimentos, diz que deve a gasolina deve apresentar variação de -1,30%, após alta de 2,80%. O efeito vem do reajuste de preços do combustível realizado pela Petrobras (PETR3; PETR4).
“Nossa coleta proprietária apurou que até o final do período de coleta do IPCA de outubro, metade do esperado (R$ 0,06 de R$ 0,12) já havia sido repassado para a bomba, diz Angelo.
Ainda do lado baixista, o economista André Perfeito, destaca um possível comportamento mais moderado de serviços — “fazendo a leitura ‘qualitativa’ ser melhor”.
O que deve pesar no IPCA?
Já entre as altas, o destaque é o fim da deflação da alimentação, que havia segurado o IPCA cheio ao longo do ano. Espera-se alta de 0,23% na alimentação no domicílio, ante -1,02%. Alimentos in natura e carnes também devem pesar, com saltos de 1,66% e 0,85%, respectivamente.
- Casas Bahia (BHIA3) escorrega e prejuízo dispara +300%: E agora? Confira no Giro do Mercado o que fazer com as ações da gigante varejista, segundo o analista Fernando Ferrer. É só clicar aqui:
Outras pressões altistas devem vir dos grupos de higiene pessoal, principalmente pelo item perfume, e de passagens aéreas.
Angelo, da Warren, espera uma variação de 0,30% para IPCA em outubro e de 4,88% em 12 meses. Já Perfeito estima alta mensal de 0,29%.
Para o final de 2023, as expectativas de Angelo e Perfeito estão em 4,50% e 4,90%, respectivamente. Para 2024, em 4,40% e 3,90%.