Economia

IPCA cai 0,02% em agosto e registra 1ª deflação desde 2023

10 set 2024, 9:04 - atualizado em 10 set 2024, 9:26
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IBGE divulga o IPCA de agosto, inflação oficial do Brasil, nesta terça (Imagem: Pixabay)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, caiu 0,02% em agosto — apontando para uma desaceleração em relação à alta de 0,38% apurada em julho. Trata-se da primeira deflação registrada desde junho de 2023.

A expectativa do mercado, segundo projeções do Broadcast, era de um avanço de 0,02%.

O resultado foi puxado pela queda nos grupos de habitação (-0,51%), após redução nos preços da energia elétrica residencial (-2,77%), e de alimentação e bebidas (-0,44%), com a segunda baixa consecutiva da alimentação no domicílio (-0,73%).

De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10), o IPCA avança 2,85% nos oito primeiros meses do ano — frente 2,87% no mês anterior.

O indicador também desacelerou a alta acumulada em 12 meses até agosto para 4,24%, de 4,50% em julho.

A inflação em um ano se afastou do teto da meta perseguida pelo Banco Central em 2024, de 3% com intervalo de 1,50 ponto percentual.

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Os grupos do IPCA

No grupo de alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%).

No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

Já a alimentação fora do domicílio (0,33%) teve variação abaixo da registrada no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.

O grupo transportes (0,00%) ficou estável. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).