IPCA de setembro e CPI: O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana
Na última semana, o mercado brasileiro recebeu uma surpresa: a agência de crédito Moody’s elevou o rating soberano do país, chegando muito próximo do grau de investimento. “Embora positivo, o movimento deve ser visto com cautela, tendo em vista os fundamentos fiscais ainda frágeis”, aponta a equipe de renda fixa da XP Investimentos.
Além disso, o mercado acompanhou também a divulgação de dados importante nos Estados Unidos. Entre eles, o de mercado de trabalho, que também foram uma surpresa positiva. Os números somados à fala do presidente Jerome Powell na semana, porém, fez os mercados projetarem uma queda de 0,25 ponto percentual na próxima reunião.
Outro ponto importante da semana foi a escalada do conflito no Oriente Médio que fez com que o preço do petróleo aumentasse.
Com isso no radar, os juros futuros brasileiros encerraram a semana com abertura em toda a curva. As taxas de juro real tiveram alta, com as NTN-Bs (Tesouro IPCA+) se consolidando no patamar de 6,50%, de acordo com a leitura da equipe da XP.
Entre os títulos do Tesouro, os papéis fecharam com variação mista durante a semana. O destaque de maior variação no período vai para LFT 2030 com 0,34% e a menor NTN 2033 com 0,52%.
Enquanto isso, no mercado secundário de crédito privado brasileiro, os spreads das debêntures indexadas ao CDI terminaram a semana em queda. O índice IDEX-DI fechou em 1,65%, contra 1,68% da semana passada.
Os prêmios das debêntures isentas tiveram uma leve alta, ainda de acordo com a XP. O fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 581 milhões, sendo R$ 429 milhões em debêntures incentivadas, R$ 355 milhões em CRIs e R$ 168 milhões em CRAs.
O que mexe com a renda fixa e o Tesouro Direto nesta semana?
Para começar, nesta segunda-feira (07), o mercado recebe as novas projeções do Relatório Focus. Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram as projeções para a inflação deste ano de 4,37% para 4,38%.