IPCA: Como é calculada a inflação e como o índice mexe com o seu bolso?
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, voltou a subir em julho. No mês passado, o indicador avançou 0,12%, acelerando-se em relação à baixa de 0,08% apurada em junho.
Com isso, o IPCA acelerou a alta acumulada em 12 meses até julho para +3,99%, de + 3,16% no mês anterior.
Apesar de a inflação estar presente no dia a dia dos brasileiros, ainda surgem algumas dúvidas sobre como funciona o IPCA. O Money Times Explica como o indicador é calculado e como ele afeta a economia.
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Como é calculado o IPCA?
Quem faz os cálculos do IPCA é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Basicamente, eles avaliam 430 mil preços de mais de 300 itens em 30 mil locais, de 16 centros urbanos. Com essas informações, é possível mediar a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidores pelos brasileiros.
Para chegar nessa lista de produtos e serviços, o IBGE leva em conta a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). É a partir deste levantamento que o instituto conhece os hábitos de consumo da população e o peso de cada produto no orçamento familiar.
A cesta do IPCA inclui itens das seguintes categorias:
- Alimentação e bebidas;
- Transportes;
- Habitação;
- Artigos de residência;
- Saúde e cuidados pessoais;
- Despesas pessoais;
- Comunicação;
- Educação;
- Vestuário.
Com as informações da cesta de produtos e serviços em mãos, o IBGE compila os preços praticados nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Belém, Recife, Fortaleza, Vitória e nas idades de Brasília, Goiânia, Campo Grande, Aracaju, São Luís e Rio Branco. Com isso, o IPCA abrange 90% da população em áreas urbanas no Brasil com renda entre 1 e 40 salários mínimos.
Onde a inflação impacta no dia a dia
No dia a dia, a inflação é sentida na hora de ir às compras. É quando a população percebe se os preços dos produtos está subindo ou não. Mas ele também pode ser usado como base para investimentos e também para correções de contratos, salários e outras obrigações financeiras para compensar a inflação acumulada.
Além disso, o IPCA também é usado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para definir as metas de inflação e pelo Banco Central para monitorar as altas nos preços e fazer alterações na taxa Selic.