IPCA 50+: índice ultrapassa o IPCA geral e mostra que pessoas mais velhas sentem mais a inflação
O Instituto de Longevidade MAG criou uma maneira de analisar a inflação da população com mais de 50 anos, criando o: IPCA 50+, a “inflação dos longevos”.
O índice é feito com base no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), para famílias chefiadas por pessoas com 50 anos ou mais, e apresenta a variação dos preços dos mesmos subitens do IPCA padrão. Porém, ponderados pelos pesos da cesta de consumo das famílias chefiadas por pessoas dessa faixa etária.
Arnaldo Lima, diretor do instituto, explica que, dessa forma, é possível acompanhar o impacto dos preços da população em estudos em relação ao principal índice de preços acompanhado no país, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A análise apontou que o IPCA 50+ acumulado de 12 meses superou o índice geral, ficando na marca de 7,8%, contra 7,2% do IPCA. Isso por conta das maiores variações nos preços nos itens de vestuário, saúde, habitação e alimentação e bebidas, explicou Lima.
Gastos com saúde são maiores
Segundo o diretor do instituto, as maiores diferenças encontradas no perfil de despesas dos domicílios chefiados por pessoas mais velhas são que, os gastos com habitação são menores e com saúde maiores, especialmente com remédios e plano de saúde.
Outra diferença é a série histórica. Ao realizar o cálculo da série desde janeiro de 2020, com os pesos da nova a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), o IPCA 50+ esteve, em geral, um pouco abaixo do IPCA, o que mudou nos últimos meses.
“De forma clara: pessoas acima de 50 anos estão pagando mais pelas coisas desde maio deste ano”, afirma Arnaldo.
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