IPCA-15 vem aí: Investir em renda fixa indexada ao IPCA faz sentido com inflação em queda?
O IPCA-15 de abril vem aí nesta quarta-feira (26), revelando qual é a tendência da prévia da inflação. Em linhas gerais, o mercado espera uma inflação menor no período, corroborando para a narrativa de queda da taxa Selic.
Com isso, será que é uma boa investir em renda fixa indexada à inflação, considerando a trajetória de queda do IPCA em 2023?
Mesmo com o componente de inflação menor, as taxas de juros reais elevadas no mercado parecem altas demais para ser ignoradas no momento. Elas podem cair no decorrer do ciclo de queda da taxa básica de juros.
Segundo a Genial Investimentos, o movimento da curva de juros futuros já mostra haver uma chance de corte de 50% na taxa Selic na reunião de agosto. Com isso, a janela para se travar com boas taxas na renda fixa vai se fechando cada vez mais.
Renda fixa indexada ao IPCA
No Tesouro Direto, os títulos públicos são marcados a mercado. Com isso, o movimento de queda das taxas de juros reais provoca valorização dos preços. E a escolha do prazo de vencimento do papel faz muita diferença.
Quanto maior é o prazo de vencimento do título público, mais ele é sensível ao movimento dos juros futuros. Caso as taxas voltem a subir, títulos longos acumulam mais prejuízo de marcação a mercado.
Já os títulos públicos que vencem em poucos anos têm bem menos espaço para lucrar na marcação a mercado, quando os juros futuros recuam.
O Santander recomenda o investimento no Tesouro IPCA+ 2035, que oferecia nesta terça-feira (25) taxa de rentabilidade de 5,96% ao ano acima da inflação, com preço unitário de R$ 2.046,12.
Desde a sua cotação mínima no ano em 1º de fevereiro, o Tesouro IPCA+ 2035 teve valorização de 9%, já que seu preço unitário saltou de R$ 1.875,07 para os atuais R$ 2.046,12. Na época, a taxa de rentabilidade do título público era de IPCA + 6,44% ao ano.