Economia

IPCA-15 sobe 1,05% em dezembro, segundo o IBGE

20 dez 2019, 10:03 - atualizado em 20 dez 2019, 10:03
Consumo Consumidor Inflação
Prévia oficial da inflação sobe ante alta de 0,14% do mês anterior (Imagem: Reuters/Leonardo Benassatto)

A prévia da inflação oficial brasileira acelerou com força em dezembro sob o peso dos preços das carnes e registrou o maior nível para o mês em quatro anos, mas ainda assim indica que a alta dos preços terminará 2019 abaixo do centro da meta pela terceira vez seguida.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 1,05% em dezembro, de 0,14% no mês anterior, segundo os dados informados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este é o nível mais alto para o indicador desde junho de 2018 (1,11%) e o mais forte para o mês de dezembro desde 2015 (1,18%).

Nos 12 meses até dezembro, o IPCA-15 acumulou alta de 3,91%, ante 2,67% em novembro, sinalizando que a inflação brasileira medida pelo IPCA terminará o ano pela terceira vez seguida abaixo do centro da meta oficial, de 4,25% com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Uma forte aceleração era esperada, mas os resultados também ficaram acima das expectativas em pesquisa da Reuters de alta de 0,95% no mês e 3,80% em 12 meses, na mediana das projeções.

Açougue Carnes Consumo Consumidor
Os preços das carnes exerceram o maior peso individual no índice (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

Os preços das carnes exerceram o maior peso individual no IPCA-15 de dezembro, com alta de 17,71% e impacto de 0,48 ponto. Com isso o grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação ao subir 2,59%, de alta de 0,06% em novembro.

Contribuíram ainda para o resultado do grupo, com forte peso no bolso do consumidor, outros itens como o feijão-carioca (20,38%) e as frutas (1,67%).

Também se destacou o grupo Despesas pessoais, cujos preços aceleraram o avanço a 1,74% em dezembro, de 0,40% antes, com alta de 36,99% dos jogos de azar.

Diante do cenário de inflação fraca, o Banco Central reduziu no início do mês a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto pela quarta vez consecutiva, à nova mínima histórica de 4,5%. Mas indicou cautela em relação aos juros dali para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto

Contratos de juros futuros projetavam na quarta-fira elevação perto de 1 ponto percentual da Selic ao longo de 2020.

O BC também passou a ver menos riscos baixistas para a inflação, ao passo que elevou suas projeções para o IPCA neste ano, deixando-o mais perto da meta oficial.

Veja detalhes na variação mensal (%):

Índice Geral +0,14 (nov) +1,05 (dez)

Alimentação e Bebidas +0,06 (nov) +2,59 (dez)

Habitação -0,22 (nov) +0,25 (dez)

Artigos de Residência -0,06 (nov) -0,84 (dez)

Vestuário +0,68 (nov) +0,09 (dez)

Transportes +0,30 (nov) +0,90 (dez)

Saúde e Cuidados Pessoais +0,20 (nov) +0,22 (dez)

Despesas Pessoais +0,40 (nov) +1,74 (dez)

Educação +0,04 (nov) +0,09 (dez)

Comunicação -0,02 (nov) +0,66 (dez)

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