IPCA-15 sobe 0,14% em maio, abaixo do esperado, sem efeito do dólar
A prévia da inflação oficial medida pelo IPCA-15 mostrou uma variação positiva de 0,14% em maio, abaixo do 0,21% de abril e inferior ao estimado por uma pesquisa da Reuters (0,25%) com economistas. Segundo o IBGE, em um ano, o número variou 2,7%, enquanto em abril tinha ficado em 2,8%.
O declínio se deveu principalmente a uma queda mais acentuada nos preços dos alimentos – a inflação dos alimentos ficou em -2,1% ano a ano, em comparação a -1,6% apresentada pelos números de abril do IPCA-15. A inflação na maioria das outras categorias de preços também foi baixa. “Não há sinal ainda de que a queda do real ao longo do mês está alimentando a inflação”, avalia a Capital Economics em um relatório enviado a clientes hoje.
Outro grupo de despesas com impacto importante foi habitação, com taxa de inflação de 0,45% na prévia de maio, puxada pela energia elétrica, que, com alta de preços de 2,18%, foi o item com maior reflexo individual no IPCA-15.
Transportes, por outro lado, foi o grupo de despesas que mais ajudou a frear a inflação, com queda de preços de 0,35%, resultado influenciado pelo preço do etanol, que caiu 5,17%, e as passagens aéreas, que recuaram 14,94%.
Os alimentos e bebidas também tiveram deflação (queda de preços), de 0,05%, assim como os artigos de residência (0,11%).
(Com Agência Brasil)