IPCA-15: Inflação sobe 1,23% em fevereiro e acumula alta de 4,96% em um ano
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 1,23% em fevereiro, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25). O número indica uma aceleração em relação à alta de 0,11% apurada em janeiro.
A prévia da inflação acumula alta de 1,34% no ano e de 4,96% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 0,11% e 4,50%, respectivamente.
O acumulado do ano do IPCA-15 segue acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.
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As maiores influências na leitura deste mês vieram dos grupos Habitação, que registrou alta de 4,34% e impacto de 0,63 p.p., e Educação, com 4,78% e 0,29 p.p.
O IPCA-15 veio abaixo das expectativas do mercado. A projeção era de que o índice subiria 1,35% este mês e aceleraria para 5,07% no acumulado de 12 meses, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.
Os grupos do IPCA-15
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram resultados positivos em fevereiro. Em Habitação (4,34%), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto positivo no índice (0,54 p.p.), ao avançar 16,33% em fevereiro. Isso, após a queda observada em janeiro (-15,46%), em função da incorporação do bônus de Itaipu.
Outro destaque positivo foi em Educação (4,78%), onde a maior contribuição veio dos cursos regulares (5,69%), por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino fundamental (7,50%), do ensino médio (7,26%) e do ensino superior (4,08%).
Já Alimentação e Bebidas (0,61% e 0,14 p.p.), teve seu subitem alimentação no domicílio aumentando 0,63% em fevereiro, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As principais variações positivas foram as de cenoura (17,62%) e do café moído (11,63%) e, no lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-8,17%) o arroz (-1,49%) e as frutas (-1,18%).
Além disso, a alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,93% para 0,56%. Isso porque, tanto o lanche (0,77%) quanto a refeição (0,43%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior, de 0,96% e 0,98%, respectivamente.
Outra grande contribuição em fevereiro veio do grupo transportes (0,44%), influenciado pelos combustíveis, que subiram 1,88%. Houve aumentos nos preços do etanol (3,22%), do óleo diesel (2,42%), do gás veicular (-0,41%) e da gasolina (1,71%). No mês, passagens aéreas mostraram redução de 20,42%.