IPCA-15: Prévia da inflação tem alta de 0,16% em outubro e avança 6,85% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) ficou em 0,16% em outubro, após queda de 0,37% em setembro, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro de 2021, o IPCA-15 subiu 1,20%.
O resultado ficou acima da mediana das projeções de mercado, que estimavam alta de 0,09%, e encerrou a tendência de queda no indicador.
O grupos de Transportes foi o que mais influenciou no resultado. A categoria registrou queda de 0,64%, ante redução de 2,35% em setembro. Isso indica que as medidas do governo de controle dos preços de combustíveis e os cortes nos preços da Petrobras (PETR3; PETR4) estão perdendo efeito.
No resultado acumulado em 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,85% em outubro; nos primeiros 10 meses do ano, a prévia da inflação acumula alta de 4,80%.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2022 é de 3,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, para baixo ou para cima.
Grupos
Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA-15 de junho, prévia da inflação oficial no país, apenas três tiveram queda nos preços na passagem entre setembro e outubro: Transportes (-0,64%), Comunicação (-0,42%) e Artigos de residência (-0,35%).
No lado das altas, as maiores variações vieram de Vestuário (1,43%), que desacelerou em relação a setembro (1,66%), e Saúde e cuidados pessoais (0,80%), que teve o maior impacto positivo (0,10 p.p.) no índice do mês. Após registrar queda de 0,47% em setembro, Alimentação e bebidas subiu 0,21% em outubro. Os demais grupos ficaram entre o 0,19% de Educação e o 0,57% de Despesas pessoais.
Regiões
Das 11 áreas pesquisadas, nove tiveram variações positivas em outubro. A maior variação ocorreu em Brasília (0,56%), influenciada pela alta nos preços das passagens aéreas (37,59%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (-0,24%), puxada pela queda da gasolina (-6,58%).
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