Economia

IPCA-15: Prévia da inflação deve arrefecer em março, apesar de novas pressões em alimentos e serviços

26 mar 2025, 15:10 - atualizado em 27 mar 2025, 9:30
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(Imagem: Gadini/pixabay)

A prévia da inflação brasileira deve desacelerar de 1,23% em fevereiro para 0,68% em março, indica a mediana das projeções coletadas pelo Money Times. No entanto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumulado em 12 meses deve subir de 4,96% para 5,30% este mês.

O resultado prévio dos preços no país deve refletir novas pressões em alimentos e serviços.

Andréa Angelo, estrategista da Warren Investimentos, — que projeta altas de 0,69% e 5,31% — afirma que os destaques de alta devem ficar concentrados em alimentação no domicílio, especialmente tubérculos, raízes e legumes, hortaliças e verduras, frutas, aves e ovos, e passagem aérea.

“Projetamos uma alta de 7,08% para o grupo de alimentação no domicílio neste ano, enquanto para as carnes e os alimentos in natura temos 14,18% e 8,68%, respectivamente”, diz.

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Do lado baixista, os itens de energia elétrica e educação devem se destacar, devido ao encerramento da devolução do bônus de Itaipu e ao reajuste das mensalidades escolares do mês passado. “Em relação ao segundo, o item de cursos regulares veio em 5,69% no IPCA de fevereiro e esperamos uma leve alta de 0,29% para março”.

A estrategista espera ainda uma melhora parcial da parte qualitativa da prévia da inflação de março. Os núcleos de serviços, serviços intensivos em trabalho e a média dos núcleos acompanhados pelo Banco Central (EX0, EX3, P55, MS e DP) devem recuar.

Em contrapartida, o núcleo de subjacentes deve acelerar. Grande parte da alta é atribuída ao item cinema, devido à volta do desconto observado na semana do cinema em fevereiro.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.