Economia

IPCA-15: Os 4 ‘vilões’ da inflação de junho; veja o que esperar da leitura desta quarta (26)

25 jun 2024, 18:00 - atualizado em 25 jun 2024, 17:16
ipca-15 inflação
Arroz, batata, carnes e leite devem ser os “vilões” do IPCA-15, a prévia da inflação, de junho (Imagem: Getty Images)

O mercado espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acelere moderadamente em junho — com projeção de alta de 0,45%, frente 0,44% no mês passado. A prévia da inflação será divulgada às 09h desta quarta-feira (26).

A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, afirma que os alimentos devem pesar na leitura deste mês. O grupo deve mostrar uma variação de preços de 1%, acima do aumento de 0,22% no IPCA-15 de maio.

Angelo elenca quatro “vilões”: arroz, batata, carnes e leite. “O grupo das carnes, puxado pelas bovinas, deve apresentar a primeira variação positiva desde janeiro deste ano. Já o leite, esperamos que apresente inflação de 3%, refletindo o movimento de aumento acentuado que vimos no atacado”, explica.

Por outro lado, o fim do reajuste dos medicamentos de 4,5%, autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vigorar em maio, deve aliviar a pressão, segundo a estrategista.

No mesmo sentido, o grupo transporte, principalmente os itens gasolina e passagem aérea também devem amenizar este mês. “Esperamos que passagem aérea mostre alta de 2% após aumento de 6%, e a gasolina de 0,30% vindo de 1,9% no mês anterior”, diz.

A projeção da Warren para o IPCA-15 de junho vai à contramão do mercado e aponta para uma desaceleração a 0,42% e variação de 4,09% em 12 meses. Para 2024 e 2025, a expectativa da casa é de uma inflação em torno de 4%, porém o balanço de risco é altista.

Núcleo da inflação

Em relação à composição qualitativa da inflação, a estrategista da Warren diz que a média dos principais núcleos deve mostrar “pouca novidade do que foi visto no IPCA-15 de maio”.

O grupo de serviços subjacentes pode apresentar variação de 0,39%. “Vemos risco altista nessa categoria, principalmente por aluguel”, avalia.

Já o grupo intensivo em trabalho deve acelerar para 0,41%. O movimento deve persistir a cada divulgação até o fechamento do ano, podendo encerrar em 5,7%, diz Angelo.

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