IPCA-15: Inflação sobe 0,34% em dezembro e fecha 2024 acima do teto da meta
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,34% em dezembro, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27). O número indica uma desaceleração em relação à alta de 0,62% apurada em novembro.
A prévia da inflação acumulou alta de 4,71% até o décimo segundo mês do ano. No mês passado, esse número era de 4,35%, enquanto o acumulado de 12 meses era de 4,77%.
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O IPCA-15 veio abaixo das expectativas do mercado. As projeções apontavam para um avanço mensal de 0,45% e anual de 4,82%, segundo o Investing.com.
O acumulado do ano do índice ficou acima do teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central em 2024. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Grupos do IPCA-15
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em dezembro. Alimentação e bebidas foi responsável não só pela maior variação (1,47%), como também pelo impacto positivo mais acentuado (0,32 p.p.). A maior variação acumulada no ano (8%) e contribuição (1,68 p.p.) foram do mesmo grupo.
A alimentação no domicílio registrou variação de 1,56%. Os aumentos do óleo de soja (9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%) contribuíram para o resultado. No sentido oposto, destacam-se a batata-inglesa (-9,85%), o tomate (-6,71%) e o leite longa vida (-2,42%).
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, acelerou para 1,23% em dezembro. A refeição (1,34%) e o lanche (1,26%) tiveram variações superiores às observadas em novembro.
Em despesas pessoais (1,36% e 0,14 p.p.), a alta do cigarro (12,78%) foi determinante para o desempenho do segmento. Também houve altas nos subitens cinema, teatro e concertos (2,58%) e cabeleireiro e barbeiro (1,37%).
No grupo de transportes (0,46% e 0,09 p.p.), a passagem aérea subiu 4,43%. Em combustíveis (0,09%), foram observados aumentos nos preços do etanol (0,80%) e do óleo diesel (0,41%), enquanto a gasolina (-0,01%) e o gás veicular (-0,12%) apresentaram variações negativas. Além disso, o subitem ônibus urbano subiu 1,20%, após gratuidades nas passagens no segundo turno das eleições.
Pelo lado negativo, o impacto mais expressivo em dezembro foi de habitação (-0,20 p.p. e -1,32%). A energia elétrica residencial recuou 5,72%, em decorrência do retorno da vigência da bandeira tarifária verde.