IPCA-15: Inflação sobe 0,26% em junho e acumula alta de 5,27% em um ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,26% em junho, segundo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (26). O número indica uma desaceleração em relação à alta de 0,36% apurada em maio.
O grupo de maior impacto no índice no mês foi habitação, com alta de 1,08%, seguido de vestuário, com 0,51%. Já o grupo alimentação e bebidas registrou a primeira queda, de -0,02%, após nove meses consecutivos de alta.
A prévia da inflação acumula alta de 5,27% no ano e de 3,06% em doze meses. No mês passado, esses números eram de 2,80% e 5,40%, respectivamente.
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O IPCA-15 veio abaixo das expectativas do mercado. A projeção era de que o índice subiria 0,31% este mês e recuaria para 5,32% no acumulado de um ano, segundo a mediana das estimativas coletadas pelo Money Times.
O IPCA-15 por grupos
Além de alimentação e bebidas (-0,02%), apenas o grupo de educação teve taxa negativa, também -0,02%.
A alimentação no domicílio recuou 0,24% em junho, ante o aumento de 0,30% em maio, influenciada pelas quedas do tomate (-7,24%), do ovo de galinha (-6,95%), do arroz (-3,44%) e das frutas (-2,47%). No lado das altas, destacaram-se a cebola (9,54%) e o café moído (2,86%).
A alimentação fora do domicílio (0,55%) desacelerou em relação ao mês de maio (0,63%), em virtude da desaceleração do lanche (0,32%). Por outro lado, a refeição passou de 0,49% em maio para 0,60% em junho.
Em habitação, a alta na energia elétrica residencial está relacionada à bandeira tarifária vermelha patamar 1 e aos reajustes. A taxa de água e esgoto teve alta de 0,94% e o gás encanado de 0,13%.
Os destaques no grupo vestuário (0,51%) ficam por conta das altas nas roupas femininas (0,66%) e nos calçados e acessórios (0,49%). O resultado do grupo saúde e cuidados pessoais (0,29%), neste mês, foi influenciado pelo plano de saúde (0,57%).
Os transportes (0,06%) refletem a gratuidade ou redução de preços para o metrô e/ou ônibus urbano, concedida aos domingos e feriados, em Curitiba (5,08%), Brasília (21,54%) e Belém (11,52%) e o reajuste médio de 8,71% do táxi (0,21%) em Belo Horizonte (2,08%). Os combustíveis recuaram 0,69% em junho, com quedas nos preços do óleo diesel (-1,74%), do etanol (-1,66%), da gasolina (-0,52%) e do gás veicular (-0,33%).