IPCA-15: Inflação sobe 0,28% em agosto e vai a 4,24% em 12 meses
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,28% em agosto, após desacelerar -0,07% no mês passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25).
O resultado ficou acima da mediana das projeções de mercado, que estimavam alta de 0,17%.
- Inflação sobe 0,28% em agosto: Quais ações podem escapar do cenário negativo? O analista Matheus Spiess explica no Giro do Mercado desta sexta-feira (25), clique para assistir. Fique ligado em todas as lives: inscreva-se no canal do Money Times aqui.
A aceleração teve maior influência do grupo Habitação (1,08%), seguido por Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%), que exerceram impacto no índice geral de 0,11 ponto percentual (p.p.) e 0,04 p.p., respectivamente.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,38%. Já no resultado em 12 meses, ficou em 4,24% até este mês, ante 3,19% no número registrado até julho. O resultado ficou acima da mediana das estimativas, que era de 4,12%.
A meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2022 é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual, para baixo ou para cima.
Grupos do IPCA
Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em agosto. Em Habitação (1,08%), o maior impacto veio da alta da energia elétrica residencial (4,59% e 0,18 p.p.), influenciada pelo fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
A alta em Saúde e cuidados pessoais (0,81%) deve-se aos itens de higiene pessoal, que passaram de -0,71% em julho para 1,59% em agosto. Os preços dos produtos para pele (8,57%) e dos perfumes (2,94%) subiram, após queda de 4,32% e 1,90% em julho, respectivamente.
Em Educação (0,71%), os cursos regulares subiram 0,74% principalmente por conta dos subitens creche (1,91%) e ensino superior (1,12%). A alta dos cursos diversos (0,06%) foi influenciada pelos cursos preparatórios (1,22%) e cursos de idiomas (0,14%).
Também registraram variação positiva no mês os grupos Despesas Pessoais (0,60%), Transportes (0,23%), Comunicação (0,04%) e Artigos de residência (0,01%).
*Com agência IBGE