Economia

IPCA-15 sem surpresas traz alívio e ajuda a não aumentar pressão sobre Selic

27 ago 2024, 13:31 - atualizado em 27 ago 2024, 13:32
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IPCA-15 sem surpresas traz alívio e ajuda a não aumentar pressão sobre Selic (Imagem: Getty Images)

A prévia da inflação de agosto trouxe um alívio frente ao “mau” resultado de julho, porém foi amplamente influenciada pelos itens mais voláteis — como os alimentos. Ainda assim, o economista sênior do Inter, André Valério, diz que a tendência deve se manter e o indicador fechado deste mês será menor.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,19%, o que indica uma desaceleração em relação à alta de 0,30% no mês passado. O acumulado do ano atingiu os 3,02% e o de 12 meses recuou a 4,35%.

O núcleo da inflação também anemizou a alta, a 0,28%, mas manteve a média móvel de três meses praticamente inalterada, em 0,32%, sugerindo que algumas pressões ainda persistem. No acumulado de um ano, o núcleo voltou a recuar, alcançando 3,69%.

A inflação de serviços também desacelerou, para 0,29%. A queda foi ajudada pelas passagens aéreas, que recuaram 4,63%, e pelos serviços subjacentes, 0,39%. Apesar da baixa, a tendência ainda é de alta no acumulado em 12 meses, com os serviços subindo para 5,14% e os subjacentes a 4,97%.

O economista sênior do Inter afirma que a tendência de desaceleração da inflação de serviços deve continuar, ainda que gradual, considerando a política monetária mais restritiva e o fim do impulso fiscal no primeiro semestre.

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“O dado de hoje contribui para não aumentar ainda mais a pressão sobre os juros, com parte do mercado precificando alta de 150 pontos base até o início do próximo ano. Com a expectativa de um IPCA menor em agosto e o início do ciclo de cortes nos juros americanos, mantemos a expectativa de Selic constante pelo futuro próximo”, diz.

Luciana Rabelo, economista do Itaú BBA, também destaca a abertura “ligeiramente melhor do que a esperada” do IPCA-15 de agosto. Ela destaca a desaceleração dos serviços subjacentes, com a devolução do choque de serviços para veículos e com serviços ligados à mão de obra abaixo do consenso.

No entanto, a economista espera que o componente de serviços siga pressionado nos próximos meses, refletindo o mercado de trabalho apertado.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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