Economia

IPCA-15 de abril deve confirmar um ‘cenário desafiador’ para o BC no curto prazo

24 abr 2025, 14:04 - atualizado em 24 abr 2025, 14:04
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O IPCA-15 deve registrar desaceleração em abril e confirmar um cenário desafiador para o BC (Imagem: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

A prévia da inflação brasileira deve registrar desaceleração em abril. Para o mercado, a expectativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) suba 0,42% este mês, após avanço de 0,64% em março.

Apesar disso, o indicador deve confirmar um cenário desafiador para o Banco Central (BC) no curto prazo, com o acumulado de um ano do IPCA acima do teto da meta de inflação perseguida pelo BC em 2025. O alvo é 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para baixo ou para cima.

Em 12 meses, o índice deve acumular alta de 5,48%, segundo a mediana das projeções coletadas pelo Money Times. A leitura será divulgada às 9h (horário de Brasília) desta sexta-feira (25).

 

Para Flávio Serrano, do economista-chefe Banco Bmg, os preços livres devem continuar pressionados pela alimentação no domicílio, com destaque para os produtos in natura.

Já o grupo de serviços deve desacelerar para 0,35% no mês de abril, pressionado pelos preços de passagens aéreas (-4,0-%), além das leituras de serviços subjacentes ou serviços intensivos em mão-de-obra — que devem seguir na mesma linha.

Na ponta positiva, o economista projeta alta de 0,48% para a média dos núcleos de inflação, corroborando o cenário adverso para o BC no curto prazo.

IPCA-15 terá o terceiro recuo consecutivo?

A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, diz que, em abril, a prévia da inflação deve recuar em relação à inflação cheia de março (0,56%), marcando o terceiro recuo consecutivo desde o IPCA de fevereiro, quando a inflação mensal registrou uma variação de 1,31%.

Para ela, os riscos para cima em relação ao esperado para a leitura, acoplam principalmente os grupos de alimentos, e saúde e cuidados pessoais.

Os itens gasolina, passagem aérea e os grupos de alimentação no domicílio e despesas pessoais devem apresentar uma contribuição negativa.

A gasolina, por exemplo, deve apresentar deflação de 0,16% nesta leitura, seguindo o movimento de queda já observado na última divulgação — quando a variação saiu de 1,83% no IPCA-15 de março para 0,51% no índice cheio do mesmo mês.

Além disso, passagem aérea também deve seguir na mesma linha, retornando para o campo negativo visto em fevereiro, com uma variação de -2%. Em março, o item havia registrado alta de 7%.

No caso de alimentação, a expectativa é de queda em carnes e frutas (-0,78% e -0,74%, respectivamente), além de desacelerações relevantes em Hortaliças e verduras, aves e ovos, e leite e derivados.

“Projetamos altas de 7,64%, 10,87% e 13,55% para alimentação no domicílio, carnes e alimentos in natura ao final de 2025″, completa.

Já os grupos de saúde e cuidados pessoais, artigos de residência, e vestuário, são as poucas ressalvas no mês, com destaque para itens de higiene pessoal e os produtos farmacêuticos — visto que em abril, deve registra alta após o reajuste anual.

Contudo, a expectativa da casa para o IPCA de 2025 é de 5,50%, visando balanço de riscos predominantemente baixista, apesar de também contarem com riscos altistas relevantes.

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Estagiária
Estudante de jornalismo na Universidade São Judas Tadeu, tem habilidades em edição de imagens e vídeos além da paixão pelo meio de comunicações. Estuda inglês e está em busca da fluência.
vitoria.pitanga@moneytimes.com.br
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