IPCA-15: Inflação ameniza alta e vai a 0,39% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,39% em junho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (26). O número indica uma desaceleração em relação à alta de 0,44% apurada em maio.
A maior variação (0,98%) e o maior impacto (0,21 ponto percentual) vieram do grupo alimentação e bebidas. Na sequência, aparecem: habitação (0,63% e 0,10 p.p.) e saúde e cuidados pessoais (0,57% e 0,08 p.p.).
O resultado da prévia da inflação veio menor do que as expectativas do mercado, que apontavam para uma variação de 0,45%.
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O IPCA-15 acumula alta de 2,52% até o sexto mês do ano e de 4,06% em 12 meses. No mês passado, esses números eram de 2,12% e 3,70%, respectivamente.
Os acumulados anual e de 12 meses do índice seguem dentro da meta de inflação perseguida pelo Banco Central para 2024, de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima.
Grupos da inflação
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados no IPCA-15, sete tiveram alta em junho. Apenas o grupo dos transportes (-0,23%) e o de artigos de residência (-0,01%) apresentaram variação negativa.
No grupo alimentação e bebidas (0,98%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. Contribuíram para esse resultado as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).
A alimentação fora do domicílio (0,59%) também acelerou (0,37%), em virtude das altas de lanche (0,80%) e da refeição (0,51%).
No grupo habitação (0,63%), os destaques foram a taxa de água e esgoto (2,29%) e a energia elétrica residencial (0,79%). Já o subitem gás encanado recuou (-0,10%).
O resultado de saúde e cuidados pessoais (0,57%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho.
Em transportes (-0,23% e -0,05 p.p), houve queda na passagem aérea (-9,87% e -0,07 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,22%), todos registraram baixa nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem táxi apresentou alta de 0,18%.
*Com informações da Agência IBGE