IPCA-15 deve desacelerar, com deflação ‘intensa’ na alimentação; veja o que esperar da leitura desta terça (27)
A prévia da inflação deve voltar a desacelerar. Após subir 0,30% em julho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de agosto deve avançar 0,12%, com uma deflação mais intensa no grupo alimentação no domicílio.
A estrategista da Warren Investimentos, Andréa Angelo, diz que o recuo de 1,7% na alimentação deve ser impulsionada, principalmente, por produtos in natura e pelo leite.
As passagens aéreas também devem corroborar com a dinâmica para o mês de agosto. Angelo espera uma queda de 8%, após alta de 19,21% em julho.
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O terceiro item que ajuda a explicar a inflação mais contida no IPCA-15 é a energia elétrica, reflexo da volta da bandeira tarifária verde no mês.
Por outro lado, a gasolina pode mostrar alta de 3,4%, refletindo o aumento anunciado em julho pela Petrobras (PETR3; PETR4) de 7,1%.
Já os cursos educacionais sofrem pequenos reajustes sazonais no segundo semestre do ano e, portanto, devem influenciar a inflação do mês. Para o grupo de educação, a Warren espera alta de 0,73%.
Os pontos de atenção do IPCA-15 de agosto
Para a estrategista da Warren, seis pontos exigem maior atenção na leitura do IPCA-15 de agosto:
- seguro de automóveis, que surpreendeu em julho ao subir 4,62%, após aumento de sinistralidade devido às enchentes no Rio Grande do Sul;
- serviço bancário;
- telefone celular;
- gasolina;
- alimentos no domicílio; e
- passagem aérea.
“Os itens 1 e 2 não esperamos que devolvam a alta apresentada na leitura anterior, ou seja, poderá trazer surpresa baixista. Já a gasolina e a alimentação, deixamos como risco altista”, diz.