IPCA-15: Alimentação e transportes devem pesar a leitura de abril; veja o que esperar da inflação

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25 abr 2024, 11:23 - atualizado em 25 abr 2024, 11:23

O IPCA-15, a prévia do índice que mede a inflação do país, será divulgado nesta sexta-feira (26) (Imagem: Getty Images/Canva)

IPCA, Economia, Brasil, IBGE, Inflação — O IPCA-15, a prévia do índice que mede a inflação do país, será divulgado nesta sexta-feira (26) (Imagem: Getty Images/Canva)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) deve acelerar no quarto mês de 2024 — o dado será divulgado nesta sexta-feira (26), às 9h, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo especialistas, alimentação e transportes justificam a freada esperada para abril.

A Warren Investimentos projeta uma alta de 0,25% no IPCA-15 de abril e variação de 3,81% em 12 meses.

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A estrategista de inflação da Warren, Andréa Angelo, destaca que as pressões mais relevantes devem vir do grupo de transportes — devido à alta por parte da gasolina, que deixa a alta de 2,39% e pode ter variação de 0,30%.

Já o grupo alimentação no domicílio mostrará a desaceleração em frutas, arroz e leite, enquanto a pressão em tubérculos deve continuar, especialmente com o tomate.

IPCA-15: O que esperar dos dados de inflação de abril?

Andréa Angelo enxerga um cenário de aceleração nos segmentos de vestuário, energia elétrica e despesas pessoais. Esses grupos devem contribuir com +0,06 p.p na passagem de março para abril.

“Despesas pessoais volta a mostrar este movimento de aceleração em razão da devolução do desconto de cinema, por exemplo. Assim como vestuário, que deixa o movimento de descontos e promoções e apresentará variação positiva”, pondera.

Em questão ao grupo de comunicação, o reajuste da Vivo e da TIM poderá impactar telefone celular. Assim, a estrategista estima uma alta de 7,5% da Vivo e 4,5% da TIM.

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O grupo de higiene pessoal, por outro lado, apresentou ao longo do período uma deflação, principalmente pelo perfume e produtos para cabelo. “Esperamos que este grupo mostre queda de 0,19%”.

“Na avaliação da composição da inflação, as principais medidas de núcleos deverão apontar variação média de +0,27%, desacelerando em relação à média do início deste ano (0,43%) e voltando ao patamar visto em novembro de 2023”, afirma.

Para Angelo, o grupo de serviços subjacentes deve registrar alta de 0,29%, desacelerando de 0,45% do IPCA-15 de março, principalmente por consertos, condomínio e serviços de recreação (cinema, por exemplo)

Esperamos que apresente alta de 0,29% desacelerando de 0,45% do IPCA-15 de março — principalmente por consertos, condomínio e serviços de recreação (cinema, por exemplo).

Dessa forma, o grupo segue como risco altista, visto desde o IPCA-15 de dezembro. No entanto, abre-se uma janela de composição boa do IPCA.

“Entendemos que nesta e na próxima leitura do IPCA, a dinâmica deste grupo será de desinflação, dando um “falso sinal”. E a partir de maio veremos a reaceleração acontecendo de forma contundente, trazendo o risco de encerra o ano em 6%”, conclui.

A estrategista ainda destaca que os riscos desta leitura é altista, em 0,03p.p, comparado aos números estimados por ela. Os grupos de alimentação e despesas pessoais serão o destaque, enquanto comunicação pode ser a ponta baixista da leitura — caso o reajuste da Vivo e Tim não seja capturado pelo IBGE.