26 abr 2024, 15:22
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atualizado em 26 abr 2024, 15:23
A prévia da inflação do quarto mês de 2024 veio 0,15 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (0,36%). Ainda assim, ficou acima das expectativas dos analistas.
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Dos nove grupos do IPCA-15, oito registraram alta em abril, com destaque para alimentação e bebidas — que registrou a maior variação (0,61%) e o maior impacto (0,13 p.p.).
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IPCA-15 fica abaixo do esperado pelo mercado e surpreende
Vindo abaixo do esperado e surpreendendo o mercado, as altas ficaram concentradas no setor de alimentação e bebidas.
Andréa Angelo, estrategista de inflação da Warren Investimentos, ressalta que a surpresa baixista foi concentrada em quatro itens bastante voláteis, sendo elas energia elétrica, gasolina, passagem aérea e combo de telefonia.
Por outro lado, produtos farmacêuticos, higiene pessoal e vestuário vieram mais fortes do que o esperado.
“Já era esperado alta nos medicamentos após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços, a partir de 31 de março, no entanto, vieram mais fortes. Atribuímos uma chance do aumento do ICMS modal de alguns estados terem impactado o aumento do repasse dos custos destes itens”, diz.
“Para frente, por ora, esperamos IPCA de abril em 0,39% e 0,33% em maio”, diz Angelo.
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Ana Paula Carvalho, planejadora financeira e sócia da AVG Capital, afirma que “dado este número melhor que o esperado, a curva de juros deve responder ao longo do dia de forma favorável”.
“Ontem já acompanhamos um fechamento na curva e este movimento deve continuar hoje após esse dado”.
Na visão do analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, a inflação surpreendeu o mercado para baixo. Segundo ele, isso é um vetor importante para uma semana que foi volátil.
“Então foi um dado fundamental para a gente balizar um pouquinho melhor as expectativas quanto a essas reuniões, principalmente”, pondera.
O sócio da Equus Capital, Felipe Vasconcellos, aponta que mesmo a prévia vindo abaixo do esperado, ainda não deve impactar a trajetória de queda da Selic.
“Mais uma vez a prévia da inflação e o acumulado dos últimos 12 meses mostra que esta questão, por enquanto, está sob controle. Entretanto, questões políticas e economia americana fizeram ascender um sinal de alerta no Banco Central, que deve adotar uma postura mais cautelosa e fazer um novo corte de 0,25% e não mais de 0,5%, como era esperado”, apontou André Colares, sócio da Smart House Investments.
Mario Mesquita e Luciana Rabelo, economistas do Itaú BBA, dizem que o IPCA-15 de abril veio abaixo do esperado, dessa vez com surpresa baixista em passagem aérea e outros itens que não fazem parte dos núcleos de inflação (energia elétrica e gasolina).
O qualitativo dessa divulgação veio razoavelmente em linha com o esperado pelos analistas, ou seja, sem nenhuma surpresa em questão aos serviços subjacentes, e sobre a surpresa altista em industriais subjacentes.
“Na margem, a média dos núcleos acelerou para 3,6% (de 3,5%). Para 2024, projetamos IPCA de 3,7%”, finalizam.
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