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IOTA: atualização Chrysalis irá melhorar desempenho e usabilidade da rede

12 ago 2020, 9:36 - atualizado em 12 ago 2020, 9:54
IOTA, plataforma de tecnologia de registro distribuído (DLT) criada para apoiar a Internet das Coisas (IoT), anunciou que irá lançar “Chrysalis”, ou “IOTA 1.5” na próxima semana (Imagem: Medium/IOTA)

IOTA (IOTA) foi fundada em 2015 pelos empreendedores David Sønstebø e Dominik Schiener e pelos matemáticos Sergey Ivancheglo e Serguei Popov. Em vez de usar um blockchain, IOTA usa um gráfico acíclico direcionado (DAG), ou “Tangle”, como parte de seu mecanismo de consenso.

Cada transação deve confirmar duas transações anteriores. Teoricamente, mais transações irão melhorar a escalabilidade com esse modelo.

Investindo em blockchains alternativos

Tokens IOTA atuam como um meio de transferência de valor no Tangle. Atualmente, o token possui uma capitalização de mercado de US$ 857 milhões e é negociado a US$ 0,36. Seu valor aumentou 16% na semana passada.

Tangle é feito de sites e “edges”. Sites são transações individuais na rede e “edges” são a conexão a dois sites anteriores. “Tips” são transações ainda não confirmadas.

Quando um usuário realiza uma nova transação, eles ou o nó a que estão conectados deve escolher duas transações “tip” que suas transações devem aprovar.

Em vez de selecionar aleatoriamente duas “tips”, existe um algoritmo de seleção. Isso é feito para que haja a convergência do Tangle e as transações sejam executadas rapidamente.

Nós são descritos como a “espinha dorsal” de um IOTA. São os únicos dispositivos que leem e têm acesso ao registro imutável de transações no Tangle. Nós interconectados formam redes na IOTA ao executar o mesmo software de nós, permitindo que validem transações e liguem-nas ao Tangle.

“Tangle” do IOTA é um registro distribuído gratuito e escalável, criado para processar dados e transferir valor ininterruptamente (Imagem: YouTube/IOTA Foundation)

Atualmente, para certificar que a rede está operando, IOTA utiliza um coordenador. Esse coordenador é um nó especial operado pela IOTA Foundation.

Regularmente publica transações sem valor que realizam uma função de verificação ou “marcos” no Tangle. Uma transação só é válida se for confirmada pelo coordenador direta ou indiretamente com um “marco”.

IOTA anunciou que, no futuro, irá remover o coordenador centralizado em um processo chamado Coordicide.

O whitepaper do Coordicide sugere que é focado na remoção do “coordenador por meio da implementação de diversos componentes da rede” e, no início de julho, lançou Pollen, sua primeira rede de testes para uma rede completamente descentralizada.

A equipe por trás da IOTA a descreveu como um “marco histórico memorável” e o primeiro grande passo para empenhar o Coordicide com sucesso.

Pollen é a primeira fase da estratégia de lançamento de três partes do IOTA que irá resultar em uma rede sem coordenadores  e pronta para a produção, chamada de IOTA 2.0.

O tuíte que anunciou a atualização afirma que Chrysalis trará atualizações significativas de desempenho, usabilidade e confiabilidade (Imagem: Crypto Times)

A próxima atualização, Chrysalis, descrita como o estágio intermediário da rede principal da IOTA antes do Coordicide estar completo. As atualizações que serão implementadas como parte da Chrysalis ou “IOTA 1.5” incluem:

– uma abordagem pacífica para o cálculo de saldos que irá melhorar a velocidade e a eficiência da seleção de tips, eliminar certos ataques e reduzir significativamente a necessidade de religações, processo que precisa acontecer se uma transação for ligada a uma parte do Tangle que não é mais válida;

– novo algoritmo de seleção de marcos para o coordenador, para permitir que a rede forneça suporte para a maior quantidade possível de transações por segundo, com maior eficácia computacional;

– transações atômicas, uma migração do atual agrupamento criada para usar transações atômicas mais simples. Devem reduzir a sobrecarga rede, o fardo de verificação de assinaturas, melhorar a proteção contra spams e o controle de congestão, bem como reduzir o comprimento das provas de Merkle;

– fornecer suporte a um novo esquema de assinaturas que irá reduzir o tamanho de transações e, assim, permitir um aumento significativo nas transações por segundo. O novo esquema de assinaturas também permitirá que endereços sejam reutilizados, um pedido popular da comunidade IOTA;

– uma alteração para um modelo de quantias de transações não gastas (UTXOs, do inglês “Unspent Transaction Outputs”) do atual modelo de saldo, que permitirá uma gestão mais rápida e exata de conflitos e irá melhorar a resiliência e segurança do protocolo.

No fim de julho de 2020, STMicroelectronics (ST), uma fabricante franco-italiana de semicondutores sediada na Suíça, lançou um novo pacote de funções para o STM32Cube que apresenta casos de uso do IOTA.

STM32Cube é uma combinação de ferramentas e bibliotecas integradas de software para microcontroladores e microprocessadores de STM32. Qualquer dispositivo eletrônico que incorpora o microcontrolador STM da IOTA pode se comunicar com o Tangle por meio de uma interface integrada.

Os casos de uso coletam dados de sensores e os enviam ao Tangle do IOTA por meio da conectividade celular LTE. Um tuíte publicado pela STMicroelectronics sugere que o pacote de funções possui aplicações com casos de uso da tecnologia DLT como rastreamento de ativos e cadeia de suprimentos.

Sobre esse lançamento, Dominik Schiener, cofundador do IOTA, tuitou: “um trabalho realmente incrível que a equipe do @ST_World está fazendo! Agora imagine as novas possibilidades para desenvolvedores e empresas com a próxima atualização do protocolo com Chrysalis, o lançamento de fluxos seguros de dados (em agosto) e controle de acesso a dispositivos integrados (em setembro)”.