Investir na Eletrobras agora ou depois da privatização?
A privatização da Eletrobras (ELET3) foi sancionada em julho desse ano. O modelo prevê a emissão de novas ações para serem vendidas para iniciativa privada, fazendo com que o governo federal deixe de ser o acionista majoritário e controlador da empresa.
O mercado se animou com a aprovação da proposta, mas tem uma pergunta que sempre persegue o investidor: qual é o momento de comprar as ações da Eletrobras, agora ou depois da capitalização?
O Itaú BBA respondeu esse questionamento em relatório enviado aos clientes e obtido pelo Money Times nesta segunda-feira (06). Para essa grande dúvida, a resposta foi agora.
Os analistas explicaram que o papel está muito atrativo em relação ao preço, tendo em vista que após a aprovação da MP o ativo atingiu o valor de R$ 47 e nesse momento está na casa dos R$ 37.
Outro ponto é que os especialistas calcularam que a ação pode valer R$ 64 com a influência de 5 fatores que podem impulsiona-la.
O primeiro seria a conclusão do estudo do BNDES no final de setembro, o qual deve trazer termos mais detalhados para a criação da nova estatal que controlará a Eletronuclear e Itaipu, além de diversos outros parâmetros para a operação de capitalização.
O segundo seria a aprovação da privatização pelo conselho de administração, todavia, esse seria um item já esperado pelo mercado, mas que pode gerar valor, assim como a aprovação dos termos de capitalização pelos acionistas.
Além disso, os analistas observaram que caso a aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União) aconteça de forma rápida e sem empecilhos o papel não deve sofrer nenhuma pressão de baixa.
Por fim, a própria capitalização em si seria um grande estímulo, fazendo com que quem já tinha a ação, antes da venda da parte emitida pelo governo, lucre com a movimentação do mercado.
“Em nossa opinião, os investidores ficarão mais otimistas sobre as perspectivas de privatização da empresa conforme os catalisadores se materializem”, afirmaram Marcelo Sá, Matheus Saliba e Luiza Candiota ao assinar o relatório do Itaú BBA.
O banco comentou ainda que a privatização da companhia deve acontecer em meados de abril ou março de 2022, embora o governo tenha planejado para fevereiro do próximo ano.