Investir em uma carteira de IPOs é um bom negócio?
O ano de 2020 foi muito agitado para a B3 (B3SA3). Apesar de todas as adversidades causadas pela pandemia de Covid-19, a Bolsa brasileira presenciou um forte movimento de empresas realizando ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês).
A expectativa para esse ano é ainda maior. O ritmo de empresas abrindo capital na B3 continua aquecido, possivelmente levando a recordes.
Mas investir nas empresas que fizeram seus IPOs tem se mostrado um bom negócio? O SmartBrain criou uma carteira usando seu consolidador Advisor para analisar o comportamento das ações e mostrar se o portfólio rendeu no início do ano.
O Smartbrain levou em consideração o período de 26 de janeiro, quando ocorreu o primeiro IPO do ano, da HBR Realty (HBRE3), a 30 de abril, com a estreia dos units do Modalmais (MODL11) na Bolsa. Dessa forma, o estudo considerou 22 empresas.
Vale lembrar que mais quatro empresas abriram capital na Bolsa depois de abril: PetroRecôncavo (RECV3), GetNinjas (NINJ3), Tegra (TEGA3) e Dotz (DOTZ3), todos em maio.
Simulação
O SmartBrain simulou o que teria acontecido se um investidor tivesse aplicado R$ 1 mil em cada uma das 22 ações, com a compra sendo realizada no dia da estreia na Bolsa e com base nos preços de fechamento do dia.
Para exemplificar, a plataforma citou a CSN Mineração (CMIN3), que fez seu IPO em fevereiro. A ação fechou seu primeiro dia de negociação próxima ao piso da faixa indicativa, a R$ 8,96. Em 30 de abril, o ativo encerrou o pregão cotado a R$ 10,44 – ou seja, valorizou 16,5% no período.
Porém, considerando todos os ativos da carteira, o levantamento revelou que investir em todas as empresas que fizeram IPO no início do ano não gerou rentabilidade atrativa – janeiro, fevereiro e março foram meses de desempenho negativo, tendo apenas abril fechado com valorização.
“A performance dos IPOs em si, inclusive casos que movimentaram bilhões de reais, não são necessariamente indicativos de que uma ação terá bom rendimento mesmo no curto ou médio prazo”, concluiu o SmartBrain.