Tesouro Direto

Investimentos no Tesouro Direto superam resgates em dezembro

25 jan 2019, 11:55 - atualizado em 27 set 2019, 13:53

Os investimentos em títulos do Tesouro Direto chegaram R$ 1,88 bilhão, em dezembro de 2018. Durante o mês, os resgates somaram R$ 1,09 bilhão (recompras) e venda líquida de R$ 790,35 milhões. O estoque fechou em R$ 54,23 bilhões, um crescimento de 2,02% com relação ao mês anterior, de R$ 53,16 bilhões. As informações foram divulgadas hoje (25) pela Secretaria do Tesouro Nacional.

No ano de 2018, o número total de operações foi de 2,68 milhões, uma média de 224 mil operações por mês, um recorde do programa. Em 2017, foram 2,17 milhões de operações, uma média 181 mil por mês.

Em dezembro, foram realizadas 210.767 operações de até R$ 1 mil, o que representa 63,13% do total de operações no mês, o maior percentual da série histórica. Além disso, o valor médio por operação foi de R$ 5.638,97, o menor desde julho de 2018.

O título mais demandado pelos investidores em dezembro foi o Tesouro Selic, representando 49,8% das vendas, com R$ 937,63 milhões. Em seguida, as vendas de títulos remunerados por inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais) somaram R$ 570,74 milhões, ou 30,32% do total, enquanto as de prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais), totalizaram R$ 374,24 milhões, ou 19,88%.

Nas recompras, predominaram os títulos remunerados por índices de preços (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), totalizando R$ 441,39 milhões (40,41%), seguidos por títulos indexados à Taxa Selic, que somaram R$ 458,06 milhões (41,94%), e R$ 192,34 milhões (17,61%) em prefixados.

Quanto ao prazo, 54,69% dos investimentos realizados no mês foram de títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os investimentos em títulos com prazo entre 5 e 10 anos responderam por 25,83% do total, enquanto as aplicações em títulos com vencimentos acima de 10 anos representaram 19,48%.

No ano de 2018, os títulos com vencimento entre 1 e 5 anos corresponderam a 45,82% do total. Em seguida, os títulos com vencimento entre 5 e 10 anos tiveram participação de 22,90%, seguidos pelos títulos com vencimento acima de 10 anos, com 20,27% do total no ano.

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Cadastrados

O número de investidores cadastrados no Tesouro Direto cresceu 4,75% atingindo 141.110 em dezembro na comparação com novembro, fechando 2018 na marca de 3.113.296 investidores. O total de investidores cadastrados aumentou em 1,28 milhão em todo o ano, uma média de 106.709 novos investidores cadastrados por mês. Esses números representam recorde histórico, informa a Secretaria do Tesouro Nacional. Em 2017, foram 706.572 novos investidores cadastrados, uma média de 58.881 por mês.

O total de investidores ativos no programa, isto é, aqueles que atualmente estão com saldo em aplicações no Tesouro Direto, atingiu a marca de 786.318 pessoas em dezembro. No mês, 34.224 investidores tornaram-se ativos, maior acréscimo mensal da série histórica e um crescimento de 4,55% em relação a novembro. Em 2018, o acréscimo total de investidores ativos foi de 220.560, ou 18.380 novos aplicadores em média por mês, maior número histórico.

Tesouro Direto

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar a aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro, via internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só tem de pagar uma taxa à corretora responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.