Raia Drogasil: investimentos em transformação digital já começam a render; balanço agrada analistas
Os números do quarto trimestre de 2019 da Raia Drogasil (RADL3) agradaram a equipe de análise do BB Investimentos. Para Georgia Jorge, o crescimento de 19,7% da receita, alavancado por uma dinâmica de promoção de preços, reafirma o propósito de transformação digital da empresa para aumentar e fidelizar a base de clientes.
Ainda assim, a analista não descarta a importância das lojas físicas, que continuam sendo peças-chave para a companhia e sustentam um sistema multicanal de atendimento ao consumidor.
A empresa também tem planos de melhorar seus aplicativos e expandir a cobertura geográfica.
“Todas essas iniciativas devem contribuir para aumentar a representatividade dos clientes omnichannel, o que se traduz em maior lealdade, participação no share of wallet e no gasto médio”, afirma Jorge.
Cadeia nacional
A participação de mercado da Raia Drogasil subiu 130 pontos-base para 13,7%. Após perder influência em São Paulo no terceiro trimestre de 2018, a rede farmacêutica mostrou ganhos contínuos ao longo de 2019, de 100 pontos-base entre janeiro e março a um crescimento de 240 pontos-base no fim do ano.
“Isso é resultado de uma estratégia assertiva sobre os produtos genéricos e da mudança no ciclo de expansão de algumas empresas rivais”, explicam Luiz Guanais e Gabriel Savi, analistas do BTG Pactual (BPAC11).
As regiões Centro-Oeste e Nordeste apresentaram ganhos de participação de, respectivamente, 70 pontos-base e 180 pontos-base. Nas regiões Norte e Sul, os avanços foram de 190 pontos-base e 100 pontos-base.
Recomendações
Considerando o valor atual da ação, o BB mantém sua recomendação em market perform, com preço-alvo de R$ 120,70.
O BTG reitera recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 90, por acreditar que a Raia Drogasil vive uma boa fase.
“A atuação superiora da Raia Drogasil deve permitir que ela entregue um CAGR (Taxa de Crescimento Anual Composta, traduzido em português) final consistente de 20% nos próximos anos, o que justifica nossa visão positiva a longo prazo”, complementa o banco.