Investimentos em cripto não precisam de políticas específicas, segundo pesquisa do BIS
Em um artigo publicado na última quinta-feira (1º), pesquisadores do Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) analisaram as tendências entre investidores cripto.
O foco da pesquisa foi refutar a ideia de que as pessoas estão investindo predominantemente em cripto para evitar moedas fiduciárias ou emitidas por governos.
Os autores iniciam o artigo ao afirmarem que “discordamos da hipótese de que investidores em criptomoedas são motivados pela falta de confiança em moedas fiduciárias ou nas finanças regulamentadas”.
Em vez de ser um investimento que dita a morte das fiduciárias, os pesquisadores afirmam que investidores cripto são atraídos pela especulação, ou seja, o setor não precisa de novas regulamentações:
A partir de um ponto de vista político, a conclusão geral de nossa análise é que os objetivos dos investidores são os mesmos daqueles que investem em outras classes de ativos, e por isso devem ser reguladas.
Não recorrem a criptomoedas como uma alternativa a moedas fiduciárias ou às finanças regulamentadas, e sim são um objeto digital de especulação.
Os pesquisadores também analisaram padrões de investimentos gerais em ativos digitais com base em identidade racial, gênero e nível educacional. Os dados do gráfico que os pesquisadores apresentam são interessantes devido à correlação entre a posse de criptoativos específicos com o nível educacional.
Os autores do artigo são Raphael Auer e David Tercero-Lucas.
Auer é o economista principal do BIS, com foco na inovação e na economia digital, com os quais esteve bastante envolvido em pesquisas do banco sobre blockchain, bem como sobre moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs).