Mercados

Sinal vermelho? Gringos vendem ações na B3 pela primeira vez em novembro

13 nov 2023, 9:41 - atualizado em 13 nov 2023, 9:41
b3-gringos-vendem-ações
Os investidores estrangeiros venderam R$ 11,18 milhões na B3. (imagem: Getty Images)

Na última quinta-feira (09), dado mais recente divulgado, os investidores estrangeiros venderam R$ 11,18 milhões na B3. Apesar de um número pequeno, é a primeira retirada de capital após os gringos engatarem uma sequência positiva de cinco entradas.

O saldo do mês se manteve em R$ 3,6 bilhões desde a última compra de ações. No ano, são R$ 9,6 bilhões positivos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Gringos na B3: Cenário externo está favorecendo entrada de capital na bolsa brasileira

O maior apetite ao risco dos gringos está relacionado a alguns fatores externos importantes, como a manutenção da taxa de juros nos Estados Unidos e no restante dos países desenvolvidos nas últimas reuniões, e as perspectivas de melhora no cenário mundial.

Nem tudo são flores

Apesar da retirada de capital ter sido pequena na última quinta-feira, é importante se manter atento aos Estados Unidos e os acontecimentos que tem alertado o mercado.

Na sexta-feira passada, a agência de classificação de risco Moody’s cortou a perspectiva de classificação de crédito dos Estados Unidos de estável para negativa.

Apesar de manter o rating de emissor de inadimplência a longo prazo e moeda estrangeira em AAA, o relatório aponta para riscos fiscais crescentes no na maior economia do mundo.

Além disso, na semana passada, o presidente do Federal ReserveJerome Powell, jogou um balde de água fria naqueles que apostavam no fim do aperto monetário do banco central americano.

Durante um discurso no Fundo Monetário Internacional (FMI), ele alertou para as chances do Fed voltar a subir juros nos Estados Unidos. Embora a inflação no país esteja em rota de queda, os dirigentes da autoridade monetária não estão confiantes se os preços se manterão em baixa.

*Com Juliana Américo

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.