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Maior entrada de 2023: Recorde do Ibovespa (IBOV) saiu caro mais uma vez aos gringos

19 dez 2023, 12:34 - atualizado em 19 dez 2023, 12:34
gringos na b3
Em dois dias os gringos entraram com R$ 5,4 bilhões na B3 com recorde do Ibovespa. (Imagem: B3/Divulgação)

Na última quinta-feira (14), os investidores estrangeiros ajudaram o Ibovespa (IBOV) a bater a máxima histórica. No dia em que o índice atingiu os 131 mil pontos, os gringos injetaram R$ 2,7 bilhões, maior entrada do ano.

No dia, o índice chegou a avançar 1,06%, a 130.842,09 pontos, superando por pouco a última máxima histórica de fechamento até então, de 130.776,27 pontos.

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As decisões dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos deram o impulso que faltava ao Ibovespa para chegar à tão esperada marca dos 130 mil pontos. Na quarta-feira (13), o Fed decidiu por manter inalterados os juros americanos em 5,25%-5,50%.

Enquanto isso, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic, que passou para 11,75% ao ano. A decisão veio em linha com a maioria das apostas do mercado.

A ressaca da Super Quarta ainda continuou na sexta-feira (15), quando desembolsaram mais R$ 2,6 bilhões na bolsa brasileira, atingindo o marco de R$ 5,4 bilhões em apenas dois dias.

As projeções para o Ibovespa em 2024

O mercado está otimista com o Ibovespa em 2024. Os analistas do Santander, por exemplo, esperam que o índice atinja os 160 mil pontos até o final do ano que vem.

No acumulado de 2023, até a 1ª quinzena de dezembro, o Ibovespa soma alta de aproximadamente 19%. Foi um ano de altos de baixos para o índice, mas desde que o mercado engatou um ciclo altista, em junho, o índice subiu 15%, ressaltam os analistas.

O Santander ainda vê espaço para uma recuperação mais forte do IBOV, com potencial de subir cerca de 23% em 2024, apoiado no ciclo de flexibilização das taxas de juros. O banco espera que a Selic feche 2024 em 9,5%.

Apesar do otimismo em relação ao Ibovespa, os analistas do Santander listam alguns pontos de alerta. Entre eles o discurso de Powell que não descarta ainda novas altas nos juros e o risco fical no Brasil.

*Com Diana Cheng e Giovana Leal

Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.
juliana.caveiro@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, atua há 3 anos na redação e produção de conteúdos digitais no mercado financeiro. Anteriormente, trabalhou com produção audiovisual, o que a faz querer juntar suas experiências por onde for.