Mercados

Gringos sacam mais R$ 1,7 bilhão da B3 só no começo desta semana; o que esperar do Ibovespa (IBOV)?

25 abr 2024, 18:00 - atualizado em 26 abr 2024, 8:19
ibovespa
Gringos tiram R$ 9,81 bilhões da B3 em abril e Ibovespa acumula queda de 2% (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Os investidores gringos sacaram R$ 1,73 bilhão da bolsa de valores brasileira no começo desta semana. Foram retirados R$ 805,45 milhões na segunda-feira (22) e mais R$ 928,59 milhões na terça (23).

Na semana passada, entre os dias 15 e 19 de abril, o saldo dos estrangeiros no mercado secundário brasileiro foi negativo, de R$ 4,72 bilhões.

O mês de abril soma retiradas de R$ 9,81 bilhões dos gringos. Já no ano de 2024, o saldo acumulado dos mercados primário e secundário está em R$ 21,9 bilhões negativos, segundo dados da Eleven.

O Ibovespa (IBOV) começou a semana em alta de 0,36%, a 125.574 pontos, mas, no dia seguinte, voltou a recuar 0,34%, a 125.148 pontos. Hoje (25) e ontem (24), o índice ampliou as quedas e perdeu, novamente, a marca dos 125 mil pontos.

Segundo os grafistas do BB Investimentos, a região dos 123 mil pontos é o suporte mais relevante de curtíssimo prazo. O patamar provou atrair fluxo comprador, mesmo com os sinais vindos do exterior evidenciando um ambiente de maior aversão a risco.

Os grafistas também indicam os patamares de 124,2 mil e 120,6 mil como suportes.

Já as regiões de 126 mil, 128,1 mil e 129,2 mil são eleitos como as próximas resistências do Ibovespa, apostam os analistas do BB.

O que mexe com o Ibovespa?

Nesta semana, os investidores estão atentos às agendas econômicas e de balanços corporativos tanto do Brasil como dos Estados Unidos (EUA).

Por aqui, o Boletim Focus trouxe ajustes com projeções pessimistas — o que desanimou o mercado. Para 2024, as expectativas de alta no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram de 3,71% para 3,73% e, para 2025, foram de 3,56% para 3,60%.

Já a Selic deve encerrar o ano em 9,50%, ante os 9,13% da semana passada. A novidade é que subiu também a projeção para 2025, passando de 8,50% para 9%. O Produto Interno Bruto (PIB), por sua vez, passou de 1,95% para 2,02% em 2024.

Além disso, os mercados aguardam pelo dado inflacionário, que será divulgado na sexta-feira (26). A Warren Investimentos projeta uma alta de 0,25% no IPCA-15 de abril e variação de 3,81% em 12 meses.

Lá fora, a economia dos EUA cresceu no ritmo mais lento em quase dois anos. O PIB expandiu a uma taxa anualizada de 1,6% no último trimestre e o crescimento foi amplamente sustentado pelos gastos dos consumidores.

Além disso, os investidores estão na expectativa do Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) — a inflação norte-americana. Os números podem trazer perspectivas para o corte de juros do Federal Reserve.

Veja o histórico do fluxo de capital estrangeiro

*Com informações da Reuters

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