Ibovespa a 130 mil pontos? Gringos injetam R$ 1,6 bilhão na B3 e ajudam IBOV voltar ao patamar que libera novas altas
Os investidores gringos injetaram R$ 1,63 bilhão na bolsa de valores brasileira no começo do mês de maio. Foram aportados R$ 603,67 milhões em ativos na quinta-feira (2) e mais R$ 1,02 bilhão na sexta (3).
Nesse período, inclusive, o Ibovespa (IBOV) voltou a ganhar tração e superou o patamar dos 128 mil pontos. O índice fechou o pregão de 2 de maio em disparada de 0,95%, a 127.122 pontos, e o do dia seguinte em alta de 1,09%, a 128.508,67 pontos.
As falas menos cautelosas do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, em relação aos juros dos Estados Unidos (EUA) explica parte do otimismo. Na quarta-feira (1º) de feriado do Dia do Trabalho no Brasil, a autoridade monetária manteve a taxa de entre 5,25% e 5,50%.
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No discurso após a decisão, Powell não deixou de alertar para a inflação alta e relembrou a meta do Fed de levar os preços para o patamar de 2%, mas também não foi dos mais pessimistas e não descartou cortes de juros este ano.
Além disso, a elevação da dívida soberana do Brasil de estável para positiva pela Moody’s animou o mercado. A agência também reafirmou a classificação de risco de crédito do Brasil em Ba2.
Para esta semana, a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidirá o futuro da taxa Selic, está no radar. Diante da postergação da flexibilização nos EUA, da atividade doméstica robusta e das expectativas de inflação ascendentes, a projeção é de um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.).
O que esperar do Ibovespa?
Os analistas gráficos do BB Investimentos destacam que, na semana passada, o Ibovespa tocou no limite superior do canal de baixa. Esse canal vem sendo respeitado desde o final de 2023.
“Após o índice ter ficado em uma faixa de congestão entre 126.000 e 129.000 por diversas semanas, houve um rompimento para baixo, testando suportes mais próximos dos 123.000”, dizem.
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O BB explica que a interrupção da sequência de quedas, com as fortes altas das últimas duas semanas, traz o índice de volta para a faixa de congestão. Agora, é necessário o rompimento da resistência mais relevante, nos 129.200, para romper com o canal de baixa e retomar novas altas.
Depois, o índice encontra resistências nos patamares de 132.800 e 134.200 pontos.
Para baixo, os próximos suportes estão nos 125.800, mínima da semana passada, e 124.200, suporte que trouxe pressão compradora após a sequência de baixas em meados de abril. O suporte mais baixo é em 123.400.
O PagBank reitera o otimismo. Eles avaliam que a tendência de alta do preço e outros diversos indicadores sinalizam eventual retomada da tendência de alta e o histograma do MACD ascendente indica que a “retomada começou”.
“Ainda que venham dias em baixa, a expectativa é de sequência das altas nas próximas semanas, com alvo inicial nos 130 mil pontos”, diz a analista Bianca Passerini.
Fluxo estrangeiro de capital
Após um mês de abril vendedor, maio começa positivo e o saldo é de R$ 1,63 bilhão no fluxo estrangeiro de capital, segundo dados da Eleven.
Já no ano de 2024, o saldo acumulado dos mercados primário e secundário está em R$ 21,9 bilhões negativos.