Gringos retornam à bolsa após retirada bilionária em outubro; o que pode fazer eles ficarem?
Novembro começou com uma entrada tímida de capital estrangeiro no primeiro dia do mês na B3. Segundo os dados de quarta-feira (1º), dia também da Super Quarta, os gringos compraram R$ 264,1 milhões em ações.
O respiro, segundo o mercado, pode ser lido em conjunto com a queda nas taxas de juros dos Treasuries após a decisão do Fed de manter as taxas no intervalo entre 5,25% e 5,50%. Além disso, algumas falas “dovish” do Powell aumentam o apetite a risco.
Outro ponto que faz os analistas do mercado acreditarem em um retorno dos gringos à bolsa brasileira é a manutenção dos juros na Europa, o que faz o investidor ficar mais seguro quanto aos países desenvolvidos e arriscar um pouco mais nos emergentes, como é o caso do Brasil.
No entanto, não é possível cravar uma volta contínua até o fim do ano por conta do cenário geopolítico que continua incerto com a Guerra no Oriente Médio que, até então, não cessou.
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O número positivo no penúltimo mês do ano vem após uma sequência de retiradas que deixou outubro no negativo em R$ 2,8 bilhões. O saldo anual se mantém positivo em R$ 6,3 bilhões.
Investidores estão de olho no Brasil
Apesar de os olhos estarem voltados ao exterior nos últimos dias, os gringos também estão de olho aqui no Brasil com a possível aprovação da Reforma Tributária durante esta semana. Os últimos desencontros do governo com a equipe econômica sobre a meta fiscal zerada também chama a atenção.
Em evento no BTG nesta manhã, Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ratificou em reunião que pretende continuar perseguindo a meta de déficit fiscal zero para o próximo ano.