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Os investidores que apostam contra as próprias empresas em conselhos, segundo Roger Werner, da Trígono

20 jun 2024, 16:31 - atualizado em 20 jun 2024, 16:42
Werner
Na visão do gestor, que tem como principal estratégia investir em small caps, os shorteados não são acionistas permanentes (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

Os investidores que apostam contra as ações, os chamados ‘shorteados’, não deveriam ter o direito de participar de assembleias das empresas, defende o gestor da Trígono, Roger Werner, em evento sobre governança corporativa organizado pelo Apimec e ocorrido em São Paulo nesta quinta-feira (20).

Na visão do gestor, que tem como principal estratégia investir em small caps, os shorteados não são acionistas permanentes e, portanto, não possuem compromisso com o longo prazo da companhia.

“Ele vai votar justamente para prejudicar a empresa, aquele que está short, ele não quer que a ação se valorize, pelo contrário, então se ele puder votar de forma a prejudicar, ele vai fazer”, explica.

Para que o investidor consiga shortear um papel, é necessário realizar um aluguel de ações.

A operação consiste em um tomador, ou o acionista, que possui uma ação, por exemplo, e a aluga a outro investidor por um determinado período. Em um exemplo hipotético, seria tomar o papel emprestado a R$ 0,80 e devolvê-lo a R$ 0,40. Nesse caso, o lucro seria de R$ 0,40.

A negociação envolve ainda uma taxa e um período acordado entre as duas partes. É possível devolver o papel antes do combinado.

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Gestores em conselhos

Além disso, Werner, que possui R$ 3 bilhões sob gestão, também se manifestou contra a participação de gestores de fundos em conselho.

“Todo dia, nós, gestores, temos resgates e aplicações dos nossos fundos. Eu estou absolutamente contaminado por aquilo que eu ouvi, que eu estou seguindo”, diz.

“Nós advogamos aqui, gestores de fundos, especialmente, que são sujeitos a movimentações diárias, que não participem em conselhos”, completa.