Investidores repercutem produção da Petrobras (PETR4), enquanto esperam detalhes do corte de R$ 15 bi; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
O dia promete ser agitado para o mercado: para o fim da tarde, está previsto um decreto presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva com detalhes dos cortes de R$ 15 bilhões previsto pela equipe econômica no Orçamento de 2024. Segundo o divulgado há duas semanas, serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento.
A medida é importante para mostrar o interesse do governo com o arcabouço fiscal — embora economistas destaquem que o montante não é suficiente e mais cortes precisam ser feitos caso os ministérios da Fazenda e do Planejamento queiram salvar as contas públicas.
Vale lembrar que no domingo à noite, Lula fez um pronunciamento em rede nacional para apresentar o balanço do seu terceiro governo, que completou um ano e meio, e aproveitou para reforçar que não abrirá mão da responsabilidade fiscal.
“Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Entre as muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, aprendi a não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais. Aprovamos uma reforma tributária que vai descomplicar a economia e reduzir o preço dos alimentos e produtos essenciais, inclusive a carne”, disse.
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Deixando Brasília de lado, os investidores também repercutem o relatório de produção da Petrobras (PETR4), apresentado ontem após o encerramento do pregão.
A produção no segundo trimestre de 2024 alcançou 2,699 milhões de barris de óleo equivalente por dia (Mboed), alta de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. A estatal produziu média de 2,16 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no segundo trimestre no Brasil, alta de 2,6% ante igual período do ano passado.
Além disso, está no radar os resultados do segundo trimestre da Copasa (CSMG3), Klabin (KLBN11), Enauta (ENAT3), 3R Petroleum (RRRP3) e Tim (TIMS3).
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) até tentou sustentar alta, mas a forte quedas das ações da Petrobras puxaram o índice para o território negativo.
O principal índice da bolsa brasileira fechou com queda de 0,42%, aos 126.953,86 pontos. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6255 (-0,57%).
O que esperar de Wall Street
Do lado internacional, o mercado está de olho na primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre na zona do euro.
Além disso, saem os dados de emprego do Job Openings and Labor Turnover Survey (JOLTs, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. Trata-se do primeiro indicador do mercado de trabalho norte-americano de uma bateria que está por vir nesta semana.
Entre os balanços, o destaque vai para a Microsoft após o fechamento do mercado. Vale lembrar que os resultados da Tesla e Alphabet (controladora do Google) decepcionaram o mercado, que avalia se a bolha de inteligência artificial estourou.
As bolsas internacionais operam mistas, enquanto futuros de Wall Street avançam.
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta terça-feira (30)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,15%
- Hong Kong/Hang Seng: -1,37%
- China/Xangai: -0,43%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,22%
- Frankfurt/DAX: +0,48%
- Paris/CAC 40: +0,53%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,12%
- S&P 500: +0,15%
- Dow Jones: +0,14%
Commodities
- Petróleo/Brent: -0,15%, a US$ 78,89 o barril
- Petróleo/WTI: -0,18%, a US$ 75,67 o barril
- Minério de ferro: -2,77%, a US$ 104,25 por tonelada, na Bolsa de Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -4,29%, a US$ 66.640
- Ethereum (ETH): 1,37%, a US$ 3.338
Boa terça-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!