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Investidores penalizam BRF no dia do balanço e ações (BRFS3) caem desde a abertura

04 maio 2022, 15:46 - atualizado em 04 maio 2022, 16:10
BRF
Vendas externas de suínos caiu no 1º trimestre no Brasil e pode ter atingido também a BRF (Imagem: YouTube/BRF Global)

O desempenho da BRF (BRFS3) na B3 (B3SA3) no dia (4) da divulgação do seu balanço do primeiro trimestre (1T22) é de penalização nos preços das ações, que já abriram em baixa em relação ao leve ganho da véspera.

Já foi maior e oscila, às 15h45, em queda na faixa acima de 2,20%, a R$ 13,04, também seguindo o Ibovespa em recuo, pelo menos até a soltura do aumento dos juros que o Federal Reserve deve anunciar daqui um pouco.

Na véspera, a companhia de suínos e frangos recuperou, com 0,68%, partes das perdas dos dois dias anteriores de negociações na B3, de 2,93% e 2,21% respectivamente.

As observações do mercado, em relação à BRF, que podem estar gerando o movimento negativo, são as dúvidas quanto ao seu desempenho no curto prazo.

Tanto pelo lado do encarecimento dos grãos, os principais insumos nos alimentos dos animais, que carregam mais custos para dentro da companhia, como explicou a Ágora ao final de abril, como também em relação às vendas.

As exportações do setor agregado de carne suína caíram no primeiro trimestre em volume e receita, pelo peso negativo maior de março. Foram 237,5 mil toneladas e US$ 498,5 milhões auferidos pelas companhias, resultados 6,3% e 16,1% menores que em igual período de 2021.

Já as vendas externas de carne de frango tiveram desempenho setorial melhor, apesar de mais concorrencial, em maior número de participantes, e menor valor agregado.

Vale lembrar que a empresa terá na JBS (JBSS3) um forte concorrente daqui para frente no Oriente Médio, seu principal mercado em carnes de frangos, que adquiriu duas processadoras na região.

Quanto ao mercado interno, há uma melhora verificada pelo benefício da pressão dos preços elevados da carne bovina, mas o quadro macroneconômico brasileiro, com inflação ainda inflexível e aumento dos juros, mais a diminuição do plantel não recomendam apostas mais firmes futuras, de acordo com comentários recentes do Cepea/Esalq.

Para lembrar

No 4T21, a BRF apontou lucro líquido de operações continuadas de R$ 964 milhões, 6,9% sobre igual etapa do ano anterior, porém com lucro negativo de R$ 437 milhões, cifra 68,5% inferior.

Já a receita líquida no 4º balanço do ano alcançou kais 19,6%, para R$ 13,2 milhões, e o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, do inglês) ajustado foi a mais 6,3%, em R$ 1,687 no total, também no comparativo anual.

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