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Investidores migram de ações dos EUA para Europa, diz BofA

27 jan 2023, 10:23 - atualizado em 27 jan 2023, 10:23
Investidores
As ações de mercados emergentes lideraram as comparações regionais, com entradas de US$ 7,9 bilhões (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Os investidores buscam ações europeias no ritmo mais rápido em quase um ano, enquanto os fluxos para os EUA permanecem fracos em meio a preocupações com recessão, segundo o Bank of America.

Os fundos de renda variável europeus tiveram ingressos líquidos de US$ 3,4 bilhões na semana encerrada em 25 de janeiro, de acordo com nota dos estrategistas do banco liderados por Michael Hartnet, citando dados da EPFR Global. Foi o maior volume de entradas desde fevereiro do ano passado, e é apenas a segunda semana de fluxos positivos após 48 semanas consecutivas de saídas.

As ações de mercados emergentes lideraram as comparações regionais, com entradas de US$ 7,9 bilhões. Os fundos de renda variável dos EUA registraram apenas US$ 300 milhões de ingressos líquidos, o primeiro fluxo positivo em quatro semanas.

As ações europeias estendem seu desempenho recorde em comparação às americanas, com investidores mais otimistas em relação à desaceleração da inflação na zona do euro, a exposição da região à reabertura da China e um abrandamento da crise energética.

No início deste ano, Hartnett disse que as ações dos EUA teriam um desempenho inferior aos pares globais. Os estrategistas de Wall Street estão cada vez mais negativos em relação à renda variável nos EUA devido às perspectivas de juros altos, desaceleração econômica e recessão de lucros.

Os sinais apontam para um “pouso forçado” nos EUA em 2023, disseram os estrategistas do BofA. “Outro aperto das condições financeiras nesta primavera pode ser necessário para levar a economia dos EUA, que atualmente cresce mais de 7% em termos nominais, à recessão,” disseram. A primavera do hemisfério norte começa no final de março.

Eles observaram que a determinação dos investidores será testada quando o S&P 500 atingir entre 4.100 e 4.200 pontos, até 3,4% acima dos níveis atuais. “Depois disso, vendemos”, disseram os estrategistas, citando um “momento em que os ganhos das ações começam a arrastar os yields para cima”.

Entre os setores, Hartnett disse que os dados de fluxo mostram “capitulação” em tecnologia e saúde, já que a tendência de saída das últimas semanas foi a pior desde janeiro de 2019. Por outro lado, matérias-primas e concessionárias de serviços públicos registraram entradas de US$ 700 milhões e US$ 200 milhões, respectivamente.

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