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Investidores cripto chineses têm acesso bloqueado a grandes sites de dados do setor

28 set 2021, 16:35 - atualizado em 28 set 2021, 16:35
Site Internet Bloqueio Firewall
Ainda não se sabe quando os sites de dados cripto ficaram inacessíveis, mas os usuários começaram a perceber o bloqueio nesta terça-feira (28) de manhã, no horário local (Imagem: Freepik/macrovector)

Os três sites de dados mais populares sobre o mercado de criptomoedas agora estão inacessíveis para usuários residentes na China continental.

CoinGecko, CoinMarketCap e TradingView estão todos atualmente bloqueados pelo firewall da internet chinesa, segundo testes feitos pelo The Block.

Resultados de pesquisa no site Greatfire.org, uma ferramenta online para verificar os sites censurados pelo Grande Firewall Chinês, também mostraram que os três sites permanecem totalmente bloqueados até o momento.

Não se sabe quando esses sites ficaram inacessíveis, mas os usuários começaram a perceber o bloqueio nesta terça-feira (28) de manhã, no horário local.

Aparentemente, não foram os sites de dados que cortaram ativamente o acesso a endereços de protocolos de internet (IP) chineses, mas, sim, a agência de censura à internet da China. “Até onde sabemos, nós não bloqueamos de forma proativa”, disse o cofundador da CoinGecko, TM Lee, para o The Block.

O representante da CoinMarketCap disse “não ter comentários”, quando foi contatado. Por outro lado, a corretora cripto Bybt.com restringiu proativamente o acesso ao IP de dentro da China continental. O resultado do teste conduzido no site Greatfire.org mostra que a Bybt não foi bloqueada pelo firewall da internet chinesa.

A censura sobre esses sites de dados sobre criptomoedas é o mais recente sinal de que a China está não só forçando a saída de companhias criptos com origem e serviços no país, mas também está tentando limitar a exposição de investidores chineses a informações sobre o mercado cripto.

Apesar disso, usuários na China continental ainda podem acessar os sites fazendo “routing”, através de redes virtuais privadas (VPN), atravessando, deste modo, o firewall chinês.

O número de usos de VPNs está aumentando na comunidade cripto chinesa, desde a última sexta-feira (24), após o Banco Popular da China (principal instituição bancária do país) informar medidas mais rígidas para banir a mineração e as atividades de compra e venda de criptomoedas e criptoativos pelo país.

Devido ao medo da retaliação do governo, administradores de diversos grupos de bate-papo sobre criptomoedas do aplicativo chinês WeChat mudaram o nome de seus grupos, ou migraram para o Telegram.

Muitos deles também publicaram tutoriais sobre como configurar um VPN e entrar em suas salas de bate-papo sobre o mercado cripto, para que possam discutir informações sobre o assunto de forma mais segura.