Investidores ajustam posições em meio a cautela com tensões entre Rússia e Ocidente

Os investidores ajustam posições nesta terça-feira (25), em meio a cautela com a escalada de tensões entre Rússia e Ocidente em virtude de uma potencial ação militar na Ucrânia.

Um acúmulo de tropas russas na fronteira com a Ucrânia causou temores de que a Rússia invadiria o país. A Otan disse ontem que está colocando a força de prontidão e reforçando a Europa Oriental com mais navios e caças.

Nos mercados acionários, os sinais são mistos neste início de dia, com baixa de 0,7% nos Estados Unidos e alta de 1,1% na Europa. Na segunda, o S&P 500 chegou a registrar US$ 3 tri em perda capitalização.

O Ibovespa futuro operava em queda de 0,32% por volta das 9h, a 108.138 pontos, acompanhando o cenário das bolsas de valores da Ásia.

Fed no radar

Os mercados também monitoram a decisão de política monetária do Federal Reserve. “A reunião é de suma importância para que os investidores conheçam os próximos passos da política monetária americana e ajustem de forma mais definitiva seus portfólios, reduzindo assim a volatilidade”, comenta a Commcor.

A Ágora Investimentos lembra que a expectativa de analistas financeiros é de que o BC americano deve manter os juros agora, mas diz que a autoridade monetária poderá usar o comunicado da reunião de amanhã para sinalizar uma alta de pelo menos 0,25 p.p. em março.

Ainda nos EUA, a Rico destaca que o atividade comercial cresceu no ritmo mais lento em 18 meses em janeiro, com um aumento nas infecções por Covid-19 piorando a escassez de trabalhadores nas fábricas, embora a demanda permanecesse forte.

“A empresa de dados IHS Markit disse ontem que seu índice PMI composto dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, caiu para 50,8 este mês, ante 57,0 em dezembro”, diz. “Esse foi o nível mais baixo desde julho de 2020. Lembrando que uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor privado”.