Investidores aguardam falas de Haddad em meio a tensão com o fiscal; veja o que esperar do Ibovespa (IBOV)
O mercado está precisando de um afago após a turbulência que o pacote de corte de gastos anunciado pelo governo causou nos últimos dias. Pode ser que isso aconteça hoje — ou não.
Agora de manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de evento do site Jota. A ideia do fórum é debater o futuro do Brasil, sendo que também estarão presentes o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Na ocasião, Haddad pode comentar sobre o cenário fiscal brasileiro e defender as medidas propostas para controlar os cofres públicos. Entrevistado pelo Money Times, o economista sênior da Julius Baer Brasil, Gabriel Fongaro, afirma que o governo perdeu todas as oportunidades que teve de ancorar as expectativas com o mercado.
Segundo ele, o pacote decepcionou tanto em relação à economia prevista quanto na qualidade das medidas. “O mercado não acredita nos R$ 70 bilhões de economia que o governo projetou para os próximos dois anos. Tem também uma decepção na qualidade, com menos medidas estruturais do que foi imaginado”.
As falas de Haddad podem — ou não — acalmar um pouco o ânimo dos investidores, uma semana antes da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). As projeções já apontam para uma alta de 0,75 ponto percentual na Selic, devido à piora nas expectativas inflacionárias.
Também está na agenda a divulgação dos dados de Produção Industrial brasileira.
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No último pregão, o Ibovespa (IBOV) deixou a cautela de lado e voltou aos 126 mil pontos, com dados econômicos mais fortes que o esperado no Brasil e nos Estados Unidos. O principal índice da bolsa brasileira subiu 0,72%, aos 126.139,20 pontos.
Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 6,0584 (-0,16%), a primeira queda desde o anúncio do pacote fiscal na última quarta-feira (27).
O que esperar de Wall Street
Lá fora, o cenário é de tensão geradas pela Coreia do Sul e Oriente Médio, o que vem pressionando o preço do petróleo.
Mas a atenção mesmo está nos Estados Unidos. Agora de manhã saem os dados do relatório ADP e as projeções do Investing.com apontam para uma desaceleração na criação de novas vagas em novembro, passando de 233 mil para 166 mil.
Vale lembrar que ontem, o Jolts mostrou um aumento no número de empregos gerados em outubro, de 7,3 milhões para 7,7 milhões.
Os números do mercado de trabalho vão ser acompanhados de perto pelo Federal Reserve, a autoridade monetária ter descartado pressa em cortas os juros americanos. E por falar em Fed, hoje, a autoridade monetária divulga o seu Livro Bege.
Além disso, Jerome Powell participa do evento New York Times DealBook Summit e pode dar mais dicas sobre os próximos passos do banco central.
As bolsas internacionais operam mistas, enquanto os futuros de Wall Street estão no positivo.
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Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quarta-feira (04)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: +0,07%
- Hong Kong/Hang Seng: -0,02%
- China/Xangai: -0,42%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,41%
- Frankfurt/DAX: +0,89%
- Paris/CAC 40: +0,34%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: +0,55%
- S&P 500: +0,24%
- Dow Jones: +0,43%
Commodities
- Petróleo/Brent: +0,71%, a US$ 74,14 o barril
- Petróleo/WTI: +0,63%, a US$ 70,36 o barril
- Minério de ferro: +0,43%, a US$ 111,66 a tonelada em Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): +1,5%, a US$ 96.788
- Ethereum (ETH): +3,3%, a US$ 3.732
Boa quarta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!