Investidora de fundo de US$ 26 bilhões diz que apostas ESG compensam
A diretora de investimentos de um fundo de US$ 26 bilhões em Helsinque diz que a crise do mercado provocada pela Covid-19 revelou a resiliência dos ativos ESG, sigla para padrões ambientais, sociais e de governança.
Ativos ESG provaram ser uma melhor aposta até agora este ano do que os que não se enquadram na categoria, de acordo com Hanna Hiidenpalo, diretora de investimentos da Elo Mutual Pension Insurance Company.
“Durante a crise, descobrimos que os modelos de negócios de empresas responsáveis geralmente se baseiam em uma base mais sólida, o que também se reflete em melhores valuations”, disse.
A Elo não divulga retornos específicos para ESG. Mas Hiidenpalo disse que “empresas com altas notas ESG produziram melhores retornos”, principalmente nos Estados Unidos. As estimativas de ganhos dessas companhias também “caíram menos que a média”, disse a executiva.
No geral, o horizonte de investimento de curto prazo permanece praticamente inalterado, as baixas taxas de juros vieram para ficar, disse.
Isso significa que “existem muito poucas oportunidades de obter retorno sobre o investimento fora do risco corporativo”, acrescentou Hiidenpalo.
A experiência do fundo nos últimos meses deixou claro que há um valor financeiro real a ser ganho com a adoção de uma estratégia ESG, e Hiidenpalo disse que agora planeja que estratégias ecológicas respondam por uma parte maior de sua alocação de ativos.
A Elo já quer que seu portfólio tenha um “impacto positivo mensurável” no meio ambiente/sociedade até 2025 e planeja aplicar a meta a mais da metade de seus investimentos diretos em ações e crédito.
O grupo Princípios para o Investimento Responsável, apoiado pelas Nações Unidas, do qual a Elo é signatária, diz o mesmo: não basta considerar as implicações do investimento responsável em carteiras e reputação, mas gestores de ativos precisam entender o impacto que os investimentos têm no mundo real.